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Estado de Minas GEOLOGIA

Como será a Terra daqui a mais de 200 milhões de anos?

Segundo cientistas, teremos a formação de um novo supercontinente


postado em 04/01/2019 10:30 / atualizado em 04/01/2019 10:39

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Daqui a 200 ou 250 milhões de anos, o planeta Terra será bem diferente do que conhecemos atualmente. Os continentes atuais devem se juntar, formando um novo supercontinente. A informação faz parte de um estudo realizado pelos cientistas Mattias Green, da Universidade de Bangor, no Reino Unido, e Hannah Sophia Davies e João C. Duarte, ambos da Universidade de Lisboa, em Portugal.

No artigo publicado no portal americano The Conversation, os pesquisadores lembram que as placas tectônicas que formam a crosta terrestre estão em movimento constante, deslocando a uma velocidade de poucos centímetros por ano. Em termos geológicos, isso faz com que, de vez em quando, os continentes se juntem e parmaneçam nessa foração por centenas de milhões de anos antes de se dividirem novamente.

O último supercontinente registrado foi o Pangeia, que existiu entre 200 e 540 milhões de anos atrás, durante a era Paleozoica. Ele começou a se separar há aproximadamente 180 milhões de anos. A expectativa é de que o próximo aglomerado continental apareça em até 250 milhões de anos.

Vale lembrar que a ruptura do Pangeia levou à formação do oceano Atlântico, que ainda está se ampliando, enquanto o oceano Pacífico está se estreitando.

Segundo os autores do estudo, há quatro cenários possíveis para a formação do próximo supercontinente:

(foto: João C. Duarte/Divulgação)
(foto: João C. Duarte/Divulgação)

Novopangea
Se mantiverem as condições atuais – com o Atlântico ampliando e o Pacífico diminuindo – o novo supercontinente se formaria na parte oposta à antiga Pangeia, indicam especialistas. As Américas colidiriam com a Antártida, que continuaria se movendo para o norte e, em seguida, chocaria com a África e a Eurásia, já unidas, para criar o supercontinente Novopangea. Este é o cenário mais provável, conforme os especialistas, sendo uma progressão lógica das tendências atuais.

(foto: João C. Duarte/Divulgação)
(foto: João C. Duarte/Divulgação)

Pangeia Última
Se a expansão do Atlântico se interromper, seus dois pequenos arcos de subducção (uma placa tectônica se sobrepõe à outra) poderiam se estender ao longo da costa oriental das Américas, o que levaria a uma recreação da Pangeia. Os continentes voltariam a se unir em um supercontinente chamado Pangeia Última, que estaria rodeado por um superoceano Pacífico.

(foto: YouTube/American Geophysical Union (AGU)/Reprodução)
(foto: YouTube/American Geophysical Union (AGU)/Reprodução)

Aurica
No caso de aparecerem novas zonas de subducção no Atlântico, o oceano, juntamente com o Pacífico, poderiam se fechar e criar uma bacia oceânica. Neste cenário, a rachadura pan-asiática, que atualmente atravessa a Ásia, iria se abrir para formar um novo oceano. O resultado seria a formação do supercontinente Aurica, em cujo centro estaria a Austrália.

(foto: João C. Duarte/Divulgação)
(foto: João C. Duarte/Divulgação)

Amasia
O quarto cenário supõe um "destino completamente diferente para a Terra futura", segundo os pesquisadores. Eles destacam que várias placas tectônicas, inclusive a da África e da Ásia, estão se movendo, atualmente, em direção ao norte. É possível que todos os continentes, exceto a Antártida, continuem avançando para o Polo Norte até se unirem num supercontinente, nomeado de Amasia.

(com Agência Sputnik)

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