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Estado de Minas CURIOSIDADE

Existe receita para a felicidade?

Segundo um sociólogo alemão, é possível 'medir' esse sentimento


postado em 21/03/2019 09:22 / atualizado em 21/03/2019 09:25

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

O que é a felicidade para você? Conquistar um bom emprego; adquirir o imóvel dos sonhos; e o nascimento do primeiro filho, podem ser exemplos de momentos felizes. Há quem diga que até a conquista da Copa do Mundo pode representar o ápice da felicidade. Porém, por ser um sentimento, sua definição é muito subjetiva. O que importa, na verdade, é o nível de satisfação das pessoas com a vida que levam.

Isso é o que afirma o pesquisador Jan Delhey, professor de Sociologia na Universidade Otto von Guericke, em Magdeburg, na Alemanha. Ele desenvolveu uma "fórmula" para medir a felicidade individual: ter + amar ser = grau de felicidade.

O "ter", segundo Delhey, se refere às coisas materiais, como renda ou riqueza. A categoria "amar" abrange todas as relações sociais, como família e amigos. Já o "ser" diz respeito ao significado que alguém vê na própria vida, se o que planeja recebe a resposta adequada do ambiente. Juntas, as três áreas resultam no nível de satisfação pessoal. O peso de cada quesito depende, de acordo com o pesqisador, de preferências individuais, mas nenhum deles deve ficar de fora.

"Um milionário que é solitário não ganharia nota 10 da escala de satisfação com a vida. E, da mesma forma, quem só tem o mínimo para sobreviver pode ter uma vida familiar ótima, mas é improvável que tire nove ou 10", comenta Jam Delhey, citado pela emissora estatal alemã Deutsche Welle.

A receita da felicidade é influenciada pelas raízes culturais e o lugar onde a pessoa vive. A fórmula criada pelo cientista pode ser aplicada universalmente, mas devem ser consideradas tendências locais. "Em sociedades que estão num clima de expansão econômica, como as asiáticas, em particular a China, felicidade é quase que equiparada a ter sucesso e ganhar muito dinheiro", diz Delhey. Já as sociedades ocidentais, comparativamente, são avaliadas pelo sociólogo como "relativamente pós-materialistas", ou seja, os itens "amar" e "ser" se tornaram mais importantes.

Curiosamente, no Butão, país asiático que fica em plena cordilheira do Himalaia, desde 2008, a "felicidade nacional bruta" é levada em conta pelo governo e consta até da constituição. Para administrar o tema, além do Ministério da Felicidade, as autoridades levam em conta nove aspectos: padrão de vida, saúde, bem-estar mental, educação, distribuição do tempo, boa governança, sentimento comunitário, diversidade ecológica e cultural.

O país é considerado o precursor do Dia Internacional da Felicidade, adotado em 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como 20 de março.

Os países escandinavos ocupam regularmente o topo do ranking anual no 

A ONU possui até um relatório mundial da felicidade, que é liderado pelos países escandinavos – Noruega em primeiro, Dinamarca em segundo e Islândia em terceiro. Em 2018, o Brasil passou de 22º para o 28º lugar.

(com Deutsche Welle)

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