
Adriana integra o grupo de 70 formandos do Capacitar 50 , programa gratuito de qualificação profissional voltado à população sênior, promovido pelo Instituto Marina e Flávio Guimarães (IMFG), mantido pelo Grupo Bmg, em parceria com a Mais Vívida. O curso presencial formou “assessores de crédito e seguros”, com aulas sobre serviços financeiros, atendimento, técnicas de vendas e introdução ao uso de ferramentas de inteligência artificial.
O comerciante Marcelo Cardoso, 57, destaca o aprendizado tecnológico como um divisor de águas. “A inicialização em Inteligência Artificial me impressionou. Aprendi a gerar currículo com IA e novas técnicas de LinkedIn. Agora é voltar a produzir e criar novas metas", diz.
Também entre os formandos, Ingrid Leila Lopes de Souza, 51, decidiu participar para superar estigmas e se reposicionar no mercado. "Fiz 50 anos e pensei: ninguém vai me dar trabalho? Vou em frente, o mundo está aí e as oportunidades vão aparecer". Agora, com o diploma em mãos, ela se emociona: "O curso me reciclou e me fez renascer”.
A diretora executiva do IMFG, Rosana Aguiar, ressalta que o programa reafirma a importância da qualificação continuada. “Encerramos um programa que comprova que desenvolvimento não tem idade, tem atitude. Cada aluno trouxe experiência, curiosidade e vontade de aprender, e isso é o que move as organizações e transforma o futuro. Queremos ampliar as oportunidades para quem ainda enfrenta barreiras no mercado, apesar de seu potencial e capacidade de entrega.”
A CEO da Mais Vívida, Viviane Palladino, avalia que o envolvimento dos alunos foi essencial para o sucesso da iniciativa. “Fiquei impressionada com a dedicação e o engajamento das turmas. Demonstraram facilidade de comunicação e tato no atendimento ao cliente. Todos compreenderam muito bem os conteúdos sobre vendas, mercado financeiro e uso do LinkedIn. Saem mais preparados e confiantes para disputar novas vagas.”
De acordo com o Censo 2022 do IBGE, o Brasil tem 55 milhões de pessoas com mais de 50 anos, o equivalente a 26% da população. Para Rosana Aguiar, a inclusão produtiva desse público é um dos grandes desafios do mercado atual. “A economia do futuro será intergeracional”, destaca. Valorizar a experiência é investir em produtividade, diversidade e longevidade”, conclui.