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Estado de Minas

Especialmente para elas


postado em 22/05/2012 11:21

 Célia Soutto Mayor aprendeu a receita com a mãe:  “É simples, mas ganhou sofisticação
Célia Soutto Mayor aprendeu a receita com a mãe: “É simples, mas ganhou sofisticação" (foto: Geraldo Goulart, Nereu Jr. Júnia Garrido)

A chef Célia Soutto Mayor, desde a infância, sempre gostou de doces. Aprendeu com sua mãe, que era quitandeira de mão cheia, a fazer a sua sobremesa favorita, o suspiro.  Ao longo dos anos, a receita foi aprimorada, ganhando frutas e caldas, e do simples ovo nasceram vários preparos. Por isso, ela diz que é o ingrediente que melhor simboliza a sofisticação do bufê que leva seu nome.  Versátil, com o suspiro pode-se fazer misturas de dar água na boca. “O flocos de suspiro é simples e muito saboroso. Colocado em taças, pode se tornar uma requintada sobremesa".

 

Assim como Célia, muitos chefs guardam a sete chaves receitas caseiras preparadas pelas mães ou avós. São pratos que se tornaram especiais, porque trazem na memória o sabor da infância. Pensando nisso, Encontro convidou cinco chefs que são mães e pedimos a elas que indicassem um prato que, de certa forma, tenha marcado sua história de vida: seja na lembrança dos tempos de criança ou que elas mesmas tenham criado para seus filhos.

 

A chef Marise Rache, do restaurante D’artagnan, indica uma receita de família para comemorar o Dia das Mães, o kedgeree, feito com arroz e curry. Sua mãe Lígia e seu pai D’artagnan viajaram para Londres, há 40 anos, frequentaram o restaurante Hungry Horse e aprenderam a receita do prato. “Voltaram ao Brasil e logo fizeram o preparo para nós. Foi um sucesso total. O legal é que ele é fácil de fazer e fica delicioso”, diz Marise. Hoje ela coloca a receita esporadicamente no cardápio do restaurante e faz questão de avisar a alguns clientes que já provaram e gostaram.
Na casa da chef Aline Paiva, quem dita as regras é sua filha Isis, de seis anos. Como seu prato favorito são as massas, a mãe, que é proprietária do restaurante Chez Aline, fez da cozinha um espaço de interação com a filha. “Brincando, pedi à Isis para escolher alguns ingredientes e fomos preparando uma deliciosa massa. Ela adorou o prato. E para homenageá-la, dei o nome de Penne a la Isis”, afirma Aline, que é filha do chef Eduardo Avelar.

 

  A chef Cláudia Ferrari, dona do Buffet Flamb’art, faz da cozinha da sua casa um celeiro de experimentações. E quem prova e aprova os preparos é seu filho Ian, de 16 anos. “Antes ele não gostava muito de comer as receitas diferentes que eu fazia. Agora, come de tudo”. Há dois anos, o predileto dele, segundo Cláudia, é a polenta italiana com ragu de cordeiro. “Ele adora este prato, que é mais sofisticado, mas também não dispensa os mais comuns, como um delicioso espaguete à bolonhesa e estrogonofe de frango”, revela.

 

A chef Samira Lyrio sugeriu um prato doce, a torta que aprendeu a fazer com sua mãe. Ela comia na infância e o sabor ficou guardado na memória. “Como meu filho João, de três anos, gosta muito de bluberry, renovei a receita e acrescentei esse ingrediente”. A torta alemã com creme de ovos e coco é conhecida na família da chef como bolo delícia da Vovó Marlene. “Minha mãe fazia nos aniversários ou quando tinha visita em casa. É sensacional o sabor. Faço também para relembrar o sabor da minha infância”.

 

 
 
 
 

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