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Estado de Minas VITIVINICULTURA

Venda de suco de uva natural e espumante lideram o setor

Resultado do primeiro semestre ficou positivo em 1,99%, com recuo na venda de vinhos finos e de mesa


postado em 06/08/2014 10:11 / atualizado em 06/08/2014 11:31

Com a comercialização de 172,7 milhões de litros de vinhos, sucos e derivados, o setor vitivinícola brasileira chegou à primeira metade do ano com resultado positivo de 1,99% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os desempenhos das categorias de produtos, entretanto, tiveram comportamentos comerciais distintos no mercado interno.

O somatório das vendas de vinhos de mesa, finos e espumantes registrou recuo de 5,98% frente ao mesmo período do ano passado. Enquanto que os vinhos de mesa tiveram desempenho negativo de 6,23%, com a venda de 89,6 milhões de litros, e os vinhos finos, recuaram 5,79%, com 8,7 milhões de litros. Os espumantes, por sua vez, tiveram venda estável, com índice de 0,05%.

"A conjuntura econômica no Brasil não está favorável, e temos que lidar com as questões da resistência do consumidor em relação aos produtos nacionais e da baixa competitividade da cadeia nos custos de produção em relação aos importados", diz Dirceu Scottá, vice-presidente do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), referindo-se aos vinhos finos.

Os indicadores positivos dentro do setor ficaram por conta do suco de uva natural, que apresentaram alta de 18,68% no período. As vendas dos espumantes moscatéis também tiveram crescimento de 17,17%. "O suco de uva caiu no gosto do consumidor, com volume de vendas superior ao do ano passado, sendo um produto de importância significativa para a cadeia produtiva. E é uma boa notícia o desempenho positivo do vinho de mesa engarrafado, que mostra o interesse do consumidor por produtos engarrafados na origem", observa Darci Dani, diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores, principal região produtora do país.

A previsão dos dirigentes do setor para o segundo semestre são de melhor desempenho em relação à primeira metade do ano. Entre os fatores citados para a avaliação está a perspectiva de manutenção em alta do comércio de suco, a retomada das vendas de vinhos e o reforço dos espumantes em função das festas de final de ano. "Fizemos um trabalho forte de projeção de imagem do vinho nacional, que pode ajudar na reação do segundo semestre", analisa Darci Dani.

A importação de vinhos registrou alta de 14,11% no primeiro semestre, frente ao mesmo período do ano passado. No total, ingressaram 35,6 milhões de litros de rótulos estrangeiros. Os indicadores foram positivos apenas para os vinhos tranquilos – que não são gaseificados –, com crescimento de 15,36%. Os espumantes estrangeiros, por sua vez, recuaram 8,54%.

(com assessoria do Ibravin)

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