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Estado de Minas BEM-ESTAR

Graviola ajuda a combater insetos, vermes e a evitar o câncer

Substâncias presentes na árvore gravioleira possuem ação inseticida, anti-helmíntica e antitumoral


postado em 20/10/2017 09:45

Muitas pessoas já conheciam as propriedades medicinais da árvore da graviola, mas, agora, um estudo comprovou que ela possui capacidade de combater insetos, vermes e de evitar o câncer(foto: YouTube/Home Remedy/Reprodução)
Muitas pessoas já conheciam as propriedades medicinais da árvore da graviola, mas, agora, um estudo comprovou que ela possui capacidade de combater insetos, vermes e de evitar o câncer (foto: YouTube/Home Remedy/Reprodução)
Você já tomou suco de graviola? Esta fruta, parente da pinha, além de saborosa, possui ação inseticida e antitumoral. Uma pesquisa feita pela Embrapa e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriu que substâncias bioativas identificadas na gravioleira – ou as acetogeninas anonáceas, que são compostos derivados de ácidos graxos –, possuem propriedades inseticidas, anti-helmínticas (contra vermes) e anticancerígenas.

O estudo avaliou um método para extrair e concentrar esses compostos, transformando-os em suplementos alimentares ou fitoterápicos, sem que se percam os princípios ativos de interesse. De acordo com a pesquisadora Ingrid Vieira Machado de Moraes, da Embrapa Agroindústria Tropical, do Ceará, as acetogeninas anonáceas já foram amplamente estudadas, mas ainda não existe um produto padronizado, cuja concentração seja determinada e segura para consumo humano.

"Pesquisas têm confirmado o que o conhecimento tradicional aponta: componentes bioativos naturais presentes nas folhas, caule, casca e semente dos frutos da gravioleira apresentam comprovado efeito anticancerígeno", comenta a pesquisadora.

Muitas empresas brasileiras e estrangeiras têm comercializado a folha da gravioleira desidratada na forma de cápsulas e sachês de chá, obtidos a partir da secagem e trituração das folhas. O problema é que nesse processo, os compostos bioativos presentes nas folhas, encontrados na ordem de partes por milhão, estão misturados a diversos outros compostos e suas concentrações não são determinadas.

"O conhecimento das concentrações de moléculas potencialmente citotóxicas, como as acetogeninas anonáceas, é de extrema relevância para o consumo seguro dos produtos que contêm esses compostos", afirma Ingrid Moraes.

A pesquisadora extraiu os compostos bioativos utilizando um solvente reconhecido como seguro para o consumo humano, o etanol. Foram avaliados alguns parâmetros visando otimizar os processos de extração e de separação e concentração por membranas.

Para que o extrato seja transformado em produto, são necessários ainda outros estudos, incluindo análises de estabilidade das moléculas e padronização dos extratos. A intenção é melhorar o método de produção e a qualidade final do extrato, dando condição de informar a concentração dos princípios ativos presentes.

(com Agência Fapesp)

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