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Estado de Minas CURIOSIDADE

Cachaça é o mesmo que pinga?

Descubra alguns mitos e verdades sobre a aguardente de cana-de-açúcar


postado em 13/08/2018 11:28 / atualizado em 13/08/2018 11:39

Você nunca encontrará uma cachaça produzida em outros países, já que esta bebida destilada da cana-de-açúcar tem denominação de origem restrita ao Brasil(foto: Pixabay)
Você nunca encontrará uma cachaça produzida em outros países, já que esta bebida destilada da cana-de-açúcar tem denominação de origem restrita ao Brasil (foto: Pixabay)
Nem todos sabem, mas a história da cachaça praticamente se mistura com a do próprio Brasil. A origem da aguardente de cana-de-açúcar se deu entre os anos de 1516 e 1532, no litoral da região nordeste, algum tempo depois de a cana ter sido introduzida no país pelo explorador português Fernão de Noronha.

Outro fato curioso sobre a bebida é que ela segue as normas previstas pelo Decreto 4.851, de 2003, que diz que "cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38% a 48% em volume, a 20 º C, obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar com características sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até seis gramas por litro, expressos em sacarose".

Com isso, o famoso destilado brasileiro ganha a proteção que existe para outras bebidas mundialmente famosas, como uísque, conhaque, champanhe e tequila.

Para que curte cachaça, os escritores João Almeida e Leandro Dias, autores do livro Os Segredos da Cachaça (Editora Alaúde), falam sobre alguns mitos e verdades ligados à bebida típica de Minas Gerais, especialmente na região norte do estado:

Cachaça deve ser tomada em pequenos goles
Verdade. Segundo os escritores, assim como qualquer outro destilado, a cachaça deve ser tomada em pequenos goles e não na forma de "shot", ou seja, de uma vez só. "No caso da cachaça, há um motivo ainda melhor para se tomar bem devagar: a bebida pode ser envelhecida em mais de 30 tipos de madeiras, cada uma passando uma complexidade sensorial diferente".

Pinga não é sinônimo de cachaça
Mito. O nome "pinga" é apenas mais uma denominação da cachaça entre os milhares devidamente registrados. "O consumidor acostumou a chamar o que é bom de cachaça e o que é ruim de pinga, o que não é verdade. O termo pinga surgiu do processo de produção da cachaça, mais precisamente no momento da destilação, quando o vapor se transforma em líquido e começa a "pingar" no alambique, ou seja, começa a destilar".

Existe cachaça produzida em outros países
Mito. "Você pode ter tomado uma boa aguardente, porque a cana-de-açúcar se adapta muito bem em vários países de clima tropical, tornando sua produção viável, bastando, para isso, dominar as técnicas de fermentação e destilação", esclarecem João Almeida e Leandro Dias. Eles lembram que a cachaça é uma denominação de origem registrada no Brasil.

Cachaça deve ser servida em copo de vidro
Verdade. O primeiro aspecto que se deve observar na degustação de uma cachaça é o visual. "A bebida precisa ter limpidez, transparência, cristalinidade, e essas características só podem ser vistas através do vidro transparente". Neste caso, os autores recomendam a taça do tipo "iso", que ajuda a melhorar a experiência sensorial.

Cachaça boa é a mais cara
Mito. É claro que uma cachaça bem produzida, feita com zelo, agrega a história de um alambique e tem uma proposta de marketing diferenciada, com um bom rótulo, tendendo a custar mais caro. "Mas, há muitas opções no mercado com valores mais em conta, que cabem em todos os bolsos. Nesse caso, saber identificar uma boa cachaça faz toda diferença", afirmam os escritores.

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