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Estado de Minas BEM-ESTAR

Cientista diz que óleo de coco é um 'veneno'

Professora de Harvard faz duras críticas ao 'queridinho' das dietas saudáveis


postado em 21/08/2018 08:01 / atualizado em 21/08/2018 08:25

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Uma rápida pesquisa na internet sobre o óleo de coco revela que o produto "queridinho" do momento é tido por blogueiras e "influenciadores digitais" (digital influencers) como uma substância muito versátil. Quase todos os resultados indicam que ele pode ser um poderoso aliado na perda de peso ou para ajudar na hidratação dos cabelos e até da pele.

Mas, a utilização mais "polêmica" do óleo de coco está relacionada à sua função nutricional. Muitos sites e blogs afirmam que esse tipo de gordura é uma alternativa mais saudável que o tradicional óleo de cozinha no preparo de alimentos, já que ele não sofre oxidação quando usado em altas temperaturas. É aí que mora o perigo, de acordo com a pesquisadora Karin Michels, diretora do Instituto de Epidemiologia e Prevenção do Câncer da Universidade de Freiburg, na Alemanha, e professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Durante uma de suas palestras recentes, intitulada Óleo de Coco e Outros Erros Nutricionais, que foi divulgada no YouTube em julho deste ano, e conta com quase 800 mil visualizações, Michels afirma que o produto é um "veneno" e que a substância é "um dos piores alimentos que existem". A informação foi destaque da versão alemã do site de notícias Business Insider.

No evento, realizado na Universidade de Freiburg, a especialista alerta que o óleo de coco é menos saudável, até mesmo, do que a banha de porco, por ser composto "quase que exclusivamente" de ácidos graxos saturados, elementos que podem entupir as artérias coronárias, levando a graves problemas cardíacos.

Alerta americano

A professora Karin Michels não está sozinha nessa "luta" contra o óleo de coco, que, recentemente, virou "moda" entre o público fitness ou que segue uma dieta balanceada. O portal Business Insider lembra que a Associação Americana do Coração (American Heart Association) recomendou, em 2017, que as pessoas parassem de consumir o produto exatamente pela grande quantidade de ácidos graxos saturados encontrados nele.

Além disso, não existem estudos científicos comprovando que o óleo de coco, de fato, possui propriedades benéficas à saúde humana. Por isso, especialistas recomendam a utilização de azeite ou canola como alternativa mais saudável para quem deseja substituir o tradicional óleo de cozinha, informa o site de notícias.

Abaixo, confira o vídeo da palestra de Karin Michels, em alemão (é possível usar legendas automáticas do YouTube):

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