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Estado de Minas MERCADO

Sete marcas de azeite são reprovadas em novo teste

A análise foi feita pela associação Proteste


postado em 26/10/2018 08:35 / atualizado em 26/10/2018 08:45

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Todo mundo sabe que o azeite vai bem na salada ou na finalização das massas, especialmente sobre a pizza. O óleo extraído da azeitona é considerado benéfico para a saúde, por conter ácidos graxos moninsaturados, que são considerados um tipo de gordura boa. Mas, é preciso cuidado ao adquirir o produto, especialmente o chamado extravirgem. Um novo teste realizado pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, das 69 marcas de azeite testadas, sete foram consideradas fraude.

Segundo a Proteste, as análsies foram realizadas em laboratórios acreditados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). "Lá, testamos as marcas com maior representatividade no mercado brasileiro e aquelas sugeridas em testes anteriores por vocês, consumidores e também pelos nossos associados. Através de análises complexas, avaliamos a presença de fraudes e a autenticidade dos produtos, de acordo com padrões preconizados pela legislação", informa a associação em texto divulgado em seu site oficial.

Ela lembra que, em geral, as empresas adicionam azeite "lampante" (não refinado) e outros óleos de sementes oleaginosas, como a soja, ao produto, o que descaracteriza a natureza do azeite de oliva (azeitona).

"Cabe lembrar que, o azeite 'lampante' tem cheiro forte e acidez elevada, sendo extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas, e, portanto, não deve ser destinado à alimentação", esclarece a Proteste.

Conforme a associação de defesa do consumidor, dos 69 azeites avaliados, 18 produtos apresentaram irregularidades, ou seja, não estavam em acordo com a legislação brasileira.

Foram dois problemas encontrados:

Fraudados
Produtos reprovados, de acordo com análises laboratoriais específicas, por apresentar indícios da adição de outros óleos vegetais e que não podem ser considerados como azeites. Marcas como Barcelona, Faisão Real, Borgel e Olivenza, dentre outras, foram enquadradas nesse quesito, informa a Proteste.

Fora de tipo
Azeites que não foram considerados extravirgem pela análise sensorial, sendo enquadrados em categorias inferiores (virgem e lampante). "Para não haver margens de dúvidas, o mesmo lote do produto foi avaliado por três painéis sensoriais reconhecidos pelo COI e que devem ser unanimes na avaliação", diz a associação. Sendo assim, por não terem boa qualidade, esses produtos não têm sua compra recomendada. Prezunic, Camponês e Estoril são algumas das marcas classificadas nesta categoria.

No teste, foram encontrados sete produtos fraudados e onze fora de tipo. A avaliação da Proteste incluiu ainda a análise da rotulagem, da acidez, da qualidade e do estado de conservação dos produtos – foram usados lotes disponíveis para venda no mercado. "Dessa forma, os resultados refletem a qualidade do produto adquirido naquele momento, permitindo acompanhar as melhorias de qualidade de cada fabricante. Os resultados do teste também foram encaminhados para o Ministério da Agricultura, para a Anvisa, para a Secretaria Nacional do Consumidor, para a Apas, para a Oliva, para a Abras [Associação Brasileira de Supermercados], para a Ibraoliva e para a Abrasel", afirma a associação no texto divulgado em seu site.

Abaixo, listamos as sete marcas que foram consideradas fraude pela Proteste:

  • Barcelona Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml
  • Borgel Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml
  • Casalberto Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml
  • Do Chefe Premium Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml
  • Faisão Real Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml
  • Olivenza Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml
  • Porto Valencia Azeite de Oliva Extravirgem 500 ml

(com portal da Proteste)

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