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Estado de Minas BEM-ESTAR

Misturar cerveja e vinho pode dar ressaca independente da ordem

A descoberta faz parte de um estudo recém publicado


postado em 08/02/2019 11:22 / atualizado em 08/02/2019 11:20

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Você é daquelas pessoas que preferem beber cerveja antes de apreciar uma taça de vinho, evitando possíveis danos no dia seguinte? Pois saiba que os efeitos da mistura dessas duas bebidas não leva em conta a ordem em que são ingeridas. Isso segundo um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Witten/Herdecke, na Alemanha, e publicado nesta sexta, dia 8 de fevereiro, no periódico científico The American Journal of Clinical Nutrition.

Para testar essa crendice popular de que beber cerveja antes de passar para o vinho pode ajudar a evitar os danos da ressaca do dia seguinte, os cientistas convocaram 90 pessoas de 19 a 40 anos e as dividiram em três grupos: o primeiro grupo bebeu cerca de dois litros e meio de cerveja, seguido por quatro grandes taças de vinho branco; o segundo recebeu as mesmas quantidades de álcool, mas na ordem inversa; o terceiro grupo, de controle, bebeu apenas cerveja ou vinho.

Uma semana depois da ingestão das bebidas alcoólicas, os participantes dos dois primeiros grupos inverteram a ordem da ingestão de cerveja e vinho, enquanto os do grupo de controle apenas mudaram, entre si, o tipo de bebida.

Os participantes foram convidados a avaliar o quanto eles estavam bêbados ao final de cada dia de estudo e foram mantidos sob supervisão médica durante a noite.

Mudar a ordem das bebidas não fez diferença significativa em relação à ressaca, de acordo com os resultados obtidos pelo estudo.

Também não foi possível prever a intensidade da ressaca com base em fatores como idade, peso corporal, hábitos de bebida e com que frequência as pessoas geralmente têm ressaca.

No entanto, houve uma diferença entre os sexos: mulheres tiveram uma ressaca um pouco pior do que os homens.

"A única maneira confiável de prever a condição no dia seguinte está ligada ao quanto você se sente bêbado e se está doente. Devemos prestar atenção a esses 'alertas vermelhos' ao beber", comenta o pesquisador Jöran Köchling, principal autor do estudo, no artigo recém publicado.

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