"A cozinha mineira tem uma conexão com a terra. É plantar, colher e misturar na panela. A nossa riqueza vem da simplicidade." Assim, de forma singela e extremamente sofisticada, Maria Lúcia Clementino Nunes, a dona Lucinha, descrevia a culinária de seu estado. Culinária que perdeu uma de suas principais embaixadoras neste dia 9 de abril quando, aos 86 anos, a cozinheira e escritora morreu.
A gastronomia mineira sempre foi tratada com carinho e respeito nas três décadas em que ela manteve seus restaurantes, decorados com objetos antigos como uma coleção de porcelanas pintadas a mão, na capital. Suas receitas preparadas no fogão a lenha encantavam mineiros e turistas. Era de dar água na boca o frango com quiabo, o angu, o feijão tropeiro, a rabada com agrião, a moranga com carne de sol...
Mãe de onze filhos, dona Lucinha é autora de "História da Arte da Cozinha Mineira". Na última edição da revista Encontro Gastrô, seu restaurante foi eleito o melhor de Belo Horizonte na categoria "cozinha mineira".
O velório será nesta quarta-feira (10/4), a partir das 8 horas, no Cemitério Parque da Colina. O enterro está marcado para as 16 horas.
O velório será nesta quarta-feira (10/4), a partir das 8 horas, no Cemitério Parque da Colina. O enterro está marcado para as 16 horas.