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Estado de Minas ASTRONOMIA

Nasa anuncia a 'aposentadoria' do telescópio Kepler

Equipamento ajudou a encontrar 2,6 mil exoplanetas


postado em 31/10/2018 17:40 / atualizado em 31/10/2018 17:00

(foto: Nasa/Divulgação)
(foto: Nasa/Divulgação)

Lançado em março de 2009 pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), o telescópio Kepler, que recebeu o nome do famoso astrônomo e matemático alemão, não está mais operante, segundo anúncio da própria agência nesta quarta, dia 31 de outubro.

O equipamento deixa de operar após ter descoberto mais de 2,6 mil exoplanetas (fora do Sistema Solar). De acordo com o comunicado enviado à imprensa pela Nasa, o telescópio ficou sem combustível, representando o fim de sua vida útil e das observações astronômicas.

Para quem está preocupado com uma possível "queda" do Kepler na Terra, a agência espacial informa que ele está numa órbita "segura e longe do nosso planeta".

De acordo com a astrofísica Jessie Dotson, da Nasa, citada no texto divulgado pela agência, a "aposentadoria" do telescópio "não é o fim das descobertas", uma vez que há dados recolhidos pelo Kepler que ainda precisam ser analisados.

Antes de encerrar as atividades do telescópio, os cientistas aproveitaram ao máximo o potencial do equipamento astronômico, concluíram várias missões de observação e descarregaram dados antes dos avisos iniciais de falta de combustível.

O último trabalho do Kepler ajudará a completar os dados obtidos pelo telescópio TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), também da Nasa e lançado este ano, que é o novo "caçador" de exoplanetas.

Ao contrário do telescópio recém aposentado, que "caçou" planetas de fora do nosso Sistema Solar, numa determinada área do Universo, o TESS vai procurar novos exoplanetas em todo o espaço.

Vale lembrar que o Kepler analisou os planetas existentes na Via Láctea e detectou corpos celestes do tamanho da Terra nas chamadas zonas habitáveis – distância da estrela que permite ter água líquida na superfície.

As análises de dados do telescópio feitas pela Nasa concluíram que de 20% a 50% das estrelas visíveis no céu noturno da Terra podem ser orbitadas por pequenos planetas na zona habitável, possivelmente rochosos, e semelhantes ao nosso em termos de tamanho.

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