Conclave começa nesta quarta; saiba quem são os favoritos ao papado

O conclave, rito que escolherá o novo papa, começa nesta quarta-feira (7). O evento, que será o mais internacional da história, reúne 133 cardeais de 71 países. Embora tenha um caráter sigiloso e conte com a descrição dos eleitores, especialistas no Vaticano e casas de apostas apontam os nomes mais cotados para o próximo pontificado. 

Segundo o Polymarket, uma das principais plataformas de apostas e previsões do ponto, o italiano Pietro Parolin é o favorito para suceder Francisco. Na última segunda feira, ele apontava 30% de chance de o italiano ser o próximo papa; 19% para o filipino Luis Antonio Tagle; 11% para o italiano Matteo Zuppi; 9% para o também italiano Pierbattista Pizzaballa e 8% para o ganês Peter Turkson.

Pietro Parolin, nascido em 1955, é o secretário de Estado do Vaticano desde 2013 e o principal colaborador do Papa Francisco. Iniciou sua carreira diplomática na Santa Sé em 1986, atuando em países como Nigéria, Venezuela e México. Parolin também participou de negociações com a China, Vietnã e o Oriente Médio. Foi o primeiro cardeal nomeado pelo Papa Francisco. 

Luis Antonio Tagle, nascido em 1957, foi arcebispo de Manila e nomeado cardeal por Bento XVI em 2012. Ele se destaca por seu trabalho em questões sociais, como combate à pobreza, defesa dos direitos humanos e incentivo ao diálogo inter-religioso.

Matteo Zuppi, nascido em 1955, é arcebispo de Bolonha desde 2015 e cardeal desde 2019. Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi tem um papel ativo em promover a paz e o diálogo entre religiões. Também foi enviado do Papa para missões relacionadas ao conflito na Ucrânia.

Pierbattista Pizzaballa, nascido em 1965, é Patriarca Latino de Jerusalém desde 2023. Franciscano, foi Custódio da Terra Santa por mais de uma década e se destaca por sua atuação no diálogo inter-religioso e pela defesa dos direitos dos palestinos.

Peter Turkson, nascido em 1948, é arcebispo emérito de Costa do Cabo e é considerado um possível sucessor do Papa Francisco. Turkson tem uma forte postura sobre mudanças climáticas, justiça social e pobreza e é visto como um defensor de uma agenda reformista na Igreja.

Jean-Marc Aveline, nascido em 1958, é arcebispo de Marselha e cardeal desde 2022. Aveline é um defensor ativo dos direitos dos migrantes e do diálogo entre religiões, sendo considerado por alguns analistas um favorito do Papa para a sucessão papal.

Péter Erdo, nascido em 1951, é arcebispo de Esztergom-Budapeste e presidente da Conferência Episcopal Europeia. Nomeado cardeal em 2003, Erdo tem um perfil conservador, com forte formação acadêmica, e é um defensor da nova evangelização e do diálogo com igrejas ortodoxas e a comunidade judaica.

José Tolentino de Mendonça, nascido em 1965, é cardeal e atualmente dirige o Dicastério para a Cultura e a Educação. Nomeado cardeal por Francisco em 2019, ele é teólogo, poeta e intelectual. Antes de seu cargo atual, foi arquivista e bibliotecário da Santa Sé, além de reitor da Universidade Católica Portuguesa.

Mario Grech, nascido em 1957, é o secretário-geral do Sínodo dos Bispos desde 2020. Com doutorado em direito canônico, Grech tem se destacado pela sua pastoral focada em justiça social e pelo seu papel na condução do processo sinodal da Igreja.

Robert Prevost, nascido em 1955, é frei agostiniano e bispo emérito de Chiclayo, Peru. Nomeado cardeal em 2023, ele é responsável pelo Dicastério para os Bispos, auxiliando na nomeação de bispos. É o primeiro cardeal da Ordem dos Agostinianos a receber este título.

Wilton Gregory, nascido em 1947, é arcebispo de Washington D.C. e o primeiro cardeal afro-americano da Igreja Católica, nomeado por Francisco em 2020. Ele tem se destacado por sua atuação em temas como justiça social, igualdade racial e enfrentamento de abusos na Igreja.

Blase Cupich, nascido em 1949, é arcebispo de Chicago desde 2014. Nomeado cardeal em 2016, ele é conhecido por sua abordagem inclusiva e pelo seu engajamento em questões sociais, sendo considerado um líder progressista na Igreja.

Fridolin Ambongo Besungu, nascido em 1960, é arcebispo de Kinshasa desde 2018 e cardeal desde 2019. Ele se destaca por sua atuação em defesa da paz e da justiça social em seu país, especialmente durante os conflitos na República Democrática do Congo.

Leonardo Steiner, nascido em Forquilhinha (SC), é o primeiro cardeal da Amazônia, nomeado em 2022. Arcebispo de Manaus desde 2020, Steiner é formado em Filosofia e Pedagogia e vê sua nomeação como um reconhecimento do Papa Francisco à importância da região amazônica.

Dom Sérgio da Rocha, nascido em Dobrada (SP), é doutor em Teologia Moral e atualmente arcebispo de Salvador. Nomeado cardeal por Francisco, ele também integra a Congregação para os Bispos e o Conselho de Cardeais do Papa. Atuou como bispo de Teresina e Brasília antes de Salvador.