Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem a segunda maior população de animais domésticos do mundo, com 22,1 milhões de gatos e 52,2 milhões de cachorros. Tratados como membros das famílias, os pets precisam de cuidados constantes, incluindo a castração, que evita crias indesejadas e doenças hormonais. Ainda assim, esse procedimento gera dúvidas em muitos tutores.
De acordo com médico veterinário Marcio Barboza, da Pet MSD Saúde Animal, a castração traz muitos benefícios à saúde do bichinho de estimação, já que melhora a qualidade de vida e, consequentemente, pode aumentar a longevidade. "O procedimento da castração é muito simples e garante quase nenhum risco aos animais saudáveis. O indicado é que seja realizado ainda no primeiro ano de vida do pet, antes da sua maturidade sexual", comenta o especialista.
Abaixo, o veterinário esclarece algumas dúvidas comuns relacionadas ao procedimento:
Animais castrados têm menos riscos de desenvolver câncer
Verdade. A castração reduz a variação hormonal sofrida pelos pets ao longo de suas vidas, conforme Marcio Barboza. "Sendo assim, reduz as chances do aparecimento de tumores de testículo, ovário, mama e útero", diz o especialista.
Fêmeas castradas podem desenvolver incontinência urinária
Verdade. O problema acontece em uma pequena parcela dos animais castrados devido à ausência do hormônio estrogênio. "Hoje o mercado já disponibiliza medicamentos seguros e avançados que reduzem os sintomas da incontinência e evitam o desconforto no animal, sem gerar acúmulo no organismo em longo prazo", afirma o veterinário.
Pets castrados tendem a ganhar peso
Mito. A obesidade nos pets é reflexo de uma alimentação rica em calorias aliada ao sedentarismo, alerta Marcio.
A castração diminui as chances de fuga dos bichinhos
Verdade. "A castração diminui as respostas a estímulos reprodutivos, que incluem fugas, agressividade com outros animais e até latidos excessivos".
Fêmeas devem ter ao menos uma cria antes de castrar
Mito. Os benefícios da castração precoce – àquelas feitas antes do primeiro cio – são inúmeros e benéficos à saúde da fêmea, esclarece o especialista. "O principal entre eles é a diminuição da incidência do câncer de mama ao longo da vida do animal".