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Estado de Minas ELEIÇÕES 2018

Candidatos ao governo de Minas são sabatinados por mulheres

Anastasia, Mares Guia e Zema participam de evento no UNA


postado em 27/09/2018 09:10 / atualizado em 27/09/2018 09:13

Os candidatos ao governo de Minas Antônio Anastasia (PSDB), João Batista Mares Guia (REDE) e Romeu Zema (Novo) participaram de uma sabatina no UNA(foto: Rafael Campos/Encontro)
Os candidatos ao governo de Minas Antônio Anastasia (PSDB), João Batista Mares Guia (REDE) e Romeu Zema (Novo) participaram de uma sabatina no UNA (foto: Rafael Campos/Encontro)

Na noite de quarta, dia 26 de setembro, no auditório do Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte (MG), três dos candidatos ao governo de Minas puderam mostrar algumas de suas propostas para o público feminino. O evento foi promovido pelo Grupo de Mulheres do Brasil, criado em 2013, presidido por empresárias e que já conta com cerca de 20 mil integrantes. Participaram do evento os candidatos Antônio Anastasia (PSDB), João Batista Mares Guia (REDE) e Romeu Zema (Novo). Outros pretendentes à principal da cadeira do estado, Dirlene Marques (PSOL) e Fernando Pimentel (PT), também foram convidados, mas não compareceram. O convite foi enviado aos candidatos mais bem posicionados da pesquisa Datafolha do dia 22 de agosto.

O foi evento morno, até porque não foi no estilo debate, mas sim, no formato perguntas e respostas, definidas por sorteio. Os candidatos responderam à questões previamente elaboradas e que traziam temas como educação, emprego, saúde, segurança pública e violência contra a mulher. Antônio Anastasia aproveitou para criticar o atual governo de Minas, destacando a falta de gestão com as contas públicas e no trato com a educação. Ele diz ainda que é preciso tornar a escola mais atrativa para os alunos, a fim de reduzir a evasão escolar. "O aluno tem mais interesse no celular do que na escola, por isso temos de modernizá-la", afirma o ex-governador. Sobre segurança pública, Anastasia diz que, se eleito, vai fortalecer a Associação de Assistência aos Condenados (Apac), que é um sistema no qual o próprio detento cuida da prisão. O tucano menciona também o sobre o sistema de inteligência da polícia e afirma que irá destacar o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), sancionado em junho pelo presidente Michel Temer.

Por sua vez, Mares Guia foi questionado sobre as propostas para combater o desemprego. Ele lembra que o estado contabiliza atualmente 1,2 milhão de desempregados, por isso, acredita que será necessário fazer um ajuste fiscal; fortalecer a agricultura familiar; e criar carteiras de crédito do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Ele afirma ainda que, caso seja eleito, vai priorizar o empreendedorismo no currículo dos estudantes, assim como acontece em outros países. Ao discorrer sobre as propostas para a saúde, Mares Guia alfineta o atual governador: "Não sou como o meu ex-aluno, que só fica olhando para trás". Ele diz também que o SUS é modelo que deve ser trabalhado. Por isso, pensa que os hospitais de maior complexidade devem ser desobstruídos, melhorando o atendimento dos postos de saúde e das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

Sobre violência contra as mulheres, Romeu Zema lembra que a criação da Lei Maria da Penha foi um avanço, mas ainda é grande o número de mulheres, sobretudo no interior, que não têm acesso aos centros de referência. "Vamos aumentar o efetivo de policiais mulheres, por meio de concursos públicos", diz o candidato do Novo, antes de criticar a gestão atual em razão da falta de recursos financeiros do estado.

Ao serem perguntados sobre as distorções salariais e de oportunidades das mulheres em relação aos homens, os três candidatos afirmam que é preciso corrigir esse problema. Anastasia diz que determinaria uma cláusula para que as empresas que vierem a atuar no estado sejam obrigadas a igualar o salário de homens e mulheres. Mares Guia destaca a importância de se universalizar o acesso às creches e a educação integral para que as mães possam deixar os filhos. Romeu Zema comenta que há empresas que remuneram de maneira igualitária homens e mulheres, mas reconheceu que ainda há discriminação.

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