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Estado de Minas ELEIÇÕES 2018

No debate do SBT, candidatos criticam polarização do Brasil

Sem Jair Bolsonaro, presidenciáveis atacaram mais Fernando Haddad, do PT


postado em 27/09/2018 08:21 / atualizado em 27/09/2018 08:34

O candidato do PT Fernando Haddad foi o alvo principal dos questionamentos dos presidenciáveis no debate do SBT/Alterosa(foto: SBT/Reprodução)
O candidato do PT Fernando Haddad foi o alvo principal dos questionamentos dos presidenciáveis no debate do SBT/Alterosa (foto: SBT/Reprodução)

No debate realizado pelo SBT/Alterosa, em parceria com o portal UOL e o jornal Folha de S. Paulo na quarta, dia 26 de setembro, os candidatos a presidente do Brasil nas Eleições 2018 aproveitaram o momento para criticar a polarização política no país. Para o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), mais da metade da população não quer nem o PT e nem o "candidato da discriminação" na presidência.

"De um lado a volta do PT que levou o país a 13 milhões de desempregados com uma irresponsabilidade com a questão das contas públicas. Um projeto de poder só para ganhar a eleição. O Brasil é secundário. De um outro lado, evitar também a insensatez de um candidato que não tem as menores condições, que representa o que há de mais atrasado na política brasileira com uma intolerância num país tão plural como é o Brasil", comenta Alckmin.

Diferentemente dos debates anteriores, em que os presidenciáveis deviam perguntar ou responder segundo escolha por meio de sorteio, no SBT/Alterosa, os candidatos puderam escolher a quem direcionariam as perguntas.

Ainda assim, o presidenciável do MDB, Henrique Meirelles, comparou o debate a um ringue de luta. Segundo ele, os candidatos estavam brigando entre si sem discutir o que de fato é importante para a população. "O que nós vimos aqui hoje foi um ringue e um show. Todos brigando contra todos, mas ninguém brigando pelo o que de fato interessa a você. A minha briga é por emprego, renda e dignidade para você. Isto se conquista com trabalho, isto se conquista com um candidato eleito presidente da república que tem competência, já mostrou resultado como eu mostrei que sei criar empregos e que seja alguém honesto e que tenha uma vida limpa", afirma o ex-ministro da Fazenda.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de incluir o PT em cargos de confiança e ministérios de seu governo, o candidato do PDT, Ciro Gomes, afirmou que prefere liderar sem o partido. "Eu, francamente, se eu puder governar sem o PT, eu prefiro. Porque nesse momento o PT representa uma coisa muito grave para o país. Menos pelos benefícios, que não foram muito poucos que produziu. Mas porque se transformou numa estrutura de poder odienta que acabou criando o Bolsonaro, essa aberração. E esse conflito entre os dois vai levar o país pro [sic] fundo do poço, que eu não quero que aconteça", diz o político cearense.

Sem a participação do candidato líder nas pesquisas Jair Bolsonaro (PSL), que segue internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP), após ter sido esfaqueado durante um ato de campanha em Minas Gerais, os presidenciáveis direcionaram críticas ao segundo colocado, Fernando Haddad, do PT.

O ex-prefeito de São Paulo também entrou em confronto com a candidata da Rede, Marina Silva. Em reposta à afirmação de Marina de que o PT foi o responsável por colocar Michel Temer no cargo de presidente, Haddad alegou que a ex-presidente Dilma Rousseff teria sido traída pelo atual presidente. "Me desculpe, mas quem colocou o Temer lá foram vocês. O Temer traiu a Dilma e não conseguiria chegar à presidência se não fosse o apoio da oposição. Você participou desse movimento pelo impeachment para colocar o Temer lá com as consequências conhecidas", critica o petista.

Também participaram do debate os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota). Este último, aliás, voltou a chamar atenção com suas afirmações polêmica. Ele chegou a dizer que ainda crê que pode vencer a eleição de outubro no primeiro turno.

(com Agência do Rádio Mais)

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