Dos 513 deputados que foram eleitos no último domingo, dia 7 de outubro, apenas 125 se declaram negros. De acordo com levantamento da própria Câmara Federal, o número de parlamentares afrodescendentes cresceu quase 5% em relação a 2014, quando os eleitos totalizavam 106 parlamentares. Ainda assim, a representatividade continua baixa: 75% declaram a cor branca, enquanto pardos e pretos totalizam pouco mais de 20%. Ainda há parcela menor ocupada por amarelos (0,389%) e indígenas (0,19%).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 54% da população brasileira é formada por negros (soma de pretos e pardos).
O problema é ainda mais sério quando se avalia que dos 442 candidatos a deputado federal em todo o Brasil que se declararam pretos, apenas 21 conseguiram se eleger. Com cinco nomes ligados ao PSD, PHS, Avante, PRB e PT, o estado da Bahia despontou como o que mais contribuiu para aumentar a representatividade afrodescendente na Câmara. O Rio de Janeiro elegeu seis candidatos que se autodeclararam pretos. A Bahia também lidera o número de pardos eleitos como deputados federais. Entre os 104 nomes que garantiram essa vaga, 13 foram escolhidos pelos baianos.
Senado
Do total de 32 senadores eleitos no domingo (7), 14 se declaram negros. A casa é composta por 81 parlamentares e em resposta à Agência Brasil diz não ter um levantamento oficial a respeito da declaração de cor dos senadores que foram escolhidos no pleito anterior.
Para o Senado, dos 35 candidatos que se declararam pretos, apenas três foram eleitos: Weverton (PDT-MA), Mecias de Jesus (PRB-RR) e Paulo Paim (PT-RS) que se reelegeu para mais um mandato. Entre pardos, 75 se candidataram ao Senado e apenas 11 se elegeram por Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
(com Agência Brasil)