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Estado de Minas HOMENAGEM

Osvaldo Aranha deve ir para o Livro dos Heróis da Pátria

Inclusão foi aprovada na Câmara e segue para o Senado


postado em 14/11/2018 14:50 / atualizado em 14/11/2018 15:08

Como chanceler, Osvaldo Aranha teve papel fundamental durante a Segunda Guerra Mundial, defendendo a aliança do Brasil com os EUA(foto: João Martins/O Cruzeiro/EM/D.A Press)
Como chanceler, Osvaldo Aranha teve papel fundamental durante a Segunda Guerra Mundial, defendendo a aliança do Brasil com os EUA (foto: João Martins/O Cruzeiro/EM/D.A Press)

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou na última terça, dia 13 de novembro, a inscrição do nome do advogado, político e diplomata brasileiro Osvaldo Aranha no Livro dos Heróis da Pátria, que fica guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

A inclusão consta do Projeto de Lei 6874, de 2017, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que segue para análise do Senado. O relator, deputado Fábio Sousa (PSDB-GO) recomendou a aprovação da proposta.

Osvaldo Aranha foi embaixador em Washington entre 1933 e 1937 e Ministro das Relações Exteriores a partir de 1938, quando buscou maior aproximação com os Estados Unidos no período anterior à Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Como chanceler, teve papel fundamental durante a guerra, defendendo a aliança com os EUA e conseguindo vantagens políticas e econômicas que estimularam a indústria nacional.

ONU

Em 1947, com o fim da Segunda Guerra, chefiou a delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU), inaugurando a tradição, mantida até hoje, de ser um brasileiro o primeiro orador em assembleias gerais da ONU.

Nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 15 de fevereiro de 1894, Osvaldo Aranha se formou em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e passou a atuar exclusivamente como advogado até 1923, mesmo período em que também advogava o ex-presidente da república Getúlio Vargas, de quem se tornou amigo e aliado.

Iniciou carreira política como intendente da cidade de Alegrete e depois subchefe de polícia de Porto Alegre e deputado federal.

Por sua proximidade com Vargas, que se elegeu governador do Rio Grande do Sul em 1927, foi convidado a ocupar a secretaria do Interior e da Justiça. Em 1930, Aranha negociou com a Junta Governativa Provisória, no Rio de Janeiro, a entrega do governo a Vargas. Posteriormente, foi nomeado ministro da Justiça e, em 1931, ministro da Fazenda.

Após o período no Itamaraty, voltou a ocupar a pasta da Fazenda no segundo governo de Vargas.

Com o suicídio de Getúlio em agosto de 1954, retirou-se da vida política e voltou a advogar e a cuidar de interesses pessoais.

Osvaldo Aranha faleceu em 27 de janeiro de 1960, de ataque cardíaco, e seu funeral reuniu os nomes mais representativos da política brasileira de então.

Regras

Só podem ser inscritos no Livro de Heróis da Pátria nomes de brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo. A homenagem só poderá ser concedida mediante lei e após 10 anos da morte do laureado.

(com Agência Câmara Notícias)

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