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Estado de Minas

Automatizado não é automático


postado em 19/07/2012 11:44

Novo câmbio dualogic chega na linha 2013 do Bravo: sistema vem aumentando sua presença(foto: Divulgação)
Novo câmbio dualogic chega na linha 2013 do Bravo: sistema vem aumentando sua presença (foto: Divulgação)

Menos trancos e mais suavidade é o que a Fiat promete com as evoluções técnicas que agora introduz no novo câmbio automatizado (dualogic) que chega na linha 2013 do Bravo. Com preço bem menor (cerca de 50% a menos) que o câmbio automático, o sistema automatizado vem aumentando sua presença nos automóveis. O consumidor reclama dos solavancos nas passagens de marchas e da demora em respostas quando precisa de reações rápidas em situações de ultrapassagem, por exemplo. Com o novo software e nova calibragem, o câmbio dualogic da Fiat, fornecido pela Magneti Marelli – que agora é Dualogic Plus – foi aprimorado em três situações, tendo sempre em mente reduzir os inconvenientes do sistema antigo. As novas tecnologias receberam nomes complicados em inglês: Parabolic Gearshift, Auto-Up Shift Abort e Creeping.

 

A função Creeping faz com que o sistema se encarregue, automaticamente, de mover lentamente o veículo sem que o condutor acione o acelerador, como acontece no modelo automático. Para tanto, o câmbio deve estar posicionado em primeira marcha ou ré (caso a manobra seja uma baliza, por exemplo), no modo manual ou automático. Assim que o motorista retira o pé do freio, o carro se move lentamente, deixando para quem está no comando apenas o trabalho de manobrar volante e freio.

 

O sistema Dualogic Plus identifica a intenção de manobra do motorista (porta fechada, marcha engatada, sem pressionar os pedais de freio e acelerador) e exige do motor uma força extra sem que o motorista tome qualquer atitude. Além do conforto, isto representa maior segurança, já que não há a necessidade de controlar a potência do motor e já que este comando será feito eletronicamente. Esta “força extra” do motor é capaz de impulsionar o veículo em manobras, limitando a velocidade a 7,5 km/h. O Creeping permite também parar o carro em rampas não muito íngremes (até 8% de aclive) sem a necessidade de usar o freio. Na função Auto-Up Shift Abort, o sistema identifica o momento exato de uma retomada de velocidade e aborta, se for o caso, a troca para uma marcha superior, mantendo a rotação do motor elevada para, assim, obter mais torque e potência.

 

Painel do carro: câmbio de série em todas as versões do Bravo Absolut e opcional na Essence Dualogic
 

 

No sistema anterior, a reação nessas situações era mais lenta porque o software entendia que antes de reduzir era necessário ir para a marcha superior, causando a demora na reação e transmitindo insegurança ao condutor.

 

O Dualogic Plus passa a ser o câmbio de série em todas as versões do Bravo Absolut e entra como opcional na Essence Dualogic, enquanto a T-Jet, a mais poderosa, é equipada exclusivamente com transmissão manual de seis marchas. O câmbio Dualogic Plus chega inicialmente no Bravo, mas será também utilizado nos demais carros da Fiat que oferecem o sistema de transmissão automatizado, informou Cláudio Demaria, diretor de engenharia da montadora. Segundo ele, até outubro do ano de 2013 todos os automatizados da Fiat serão Dualogic Plus.

 

Os preços do Bravo com a nova tecnologia não sofreram alteração. Começa em R$ 53.140 na versão Essence com câmbio manual e chega a R$ 66.280 na versão T-Jet. A novidade é a introdução da versão Sporting, que oferece quase o mesmo conteúdo da T-Jet, inclusive o teto solar Sky Dome, vem com o câmbio Dualogic Plus e custa R$ 58.140. Com a Linha 2013 do Bravo, a Fiat, que hoje tem 9% do market share do segmento dos hatches médios, tem planos de que o Bravo volte a conquistar 11% das vendas nessa faixa de mercado.

 

 

 

A tecnologia do câmbio automatizado chegou ao Brasil em 2008, quando a Fiat lançou o Stilo equipado com câmbio Dualogic da Magneti Marelli. Logo depois, a General Motors lançou a versão Easytronic do extinto minivan Meriva, utilizando tecnologia alemã Luck ZF. Em 2003, quando teve início o desenvolvimento do projeto a expectativa da Magneti Marelli era que até 2008 o câmbio automatizado estaria equipando como opcional de 12 a 15 modelos de carros feitos no Brasil.

 

Em 2012, a Fiat é a que mais tem investido e acreditado na solução, com a oferta do Dualogic em quase todos os modelos que vende no Brasil. A Volkswagen também mostra acreditar no câmbio automatizado, que, sob o símbolo VW, recebeu o nome de i-motion – também fornecido pela Magneti Marelli e que equipa modelos do segmento de entrada e intermediário, como Polo, Fox Voyage e Cross Fox.

 

O sistema de automatização de câmbio é produzido pela Magneti Marelli desde o final do século passado, na Europa; é feito também na China, e desde 2003 vem sendo desenvolvido também para o Brasil.

 

Algo curioso sobre o Free Choice é que o primeiro sistema de automatização de câmbio da Magneti Marelli foi aplicado no Brasil há 22 anos. Mais precisamente, no GP Brasil de Fórmula-1 de 1985, na Ferrari conduzida pelo inglês Nigel Mansel, que venceu a corrida. Depois disso, em 1999, a Ferrari lançou o equipamento em modelo de rua, e hoje 98% dos carros da marca são vendidos com ele – obviamente em versão mais sofisticada, com as borboletas no volante que ficaram famosas na F-1.

 

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