Pequenas, espertas e muito brincalhonas. Assim são as calopsitas, aves exóticas consideradas animais domésticos pela legislação brasileira. A facilidade de interagir com o ser humano vem tornando a espécie uma das mais procuradas pelos amantes de bichos de estimação. Algumas, como o Pituco, de 9 anos, conquistaram destaque de celebridade nas redes sociais – isso porque, além de fazer poses para tirar foto, ele entra sozinho no box para tomar banho com sua dona e dá chilique se alguém se aproxima do seu ninho, uma caixa de papelão toda picotada. Também adora fazer barulho, principalmente, imitar a campainha do telefone ou de sirine de ambulância, e faz questão de receber carinho. "Eu sempre gostei de pássaros, cheguei a ter um periquito, mas depois que comprei o Pituco me apaixonei pelas calopsitas. Ele é tão inteligente que, desde 2006, decidi filmar o seu dia a dia e postar na internet. Foi um sucesso", conta a publicitária Brena Braz, de 32 anos. A saga de Pituco, que segundo sua dona pensa que é gente, já chegou a ter mais de 700 mil visualizações em um único post.
E todo cuidado é pouco. Doces, chocolates, comida caseira, pão, café, leite, cebola e abacate são extremamente tóxicos para as aves. Assim como a folha de alface, que, por ser rica em água, pode causar diarreia. Ao contrário do que muitos pensam, a famosa semente de girassol não deve ser dada, já que seu alto teor de gordura leva à obesidade e prejudica o funcionamento do fígado, podendo ocasionar a morte do animal. Para manter uma média de vida de 15 anos, o ideal é realizar um checape periódico a cada seis meses, para avaliar a saúde da ave e prevenir doenças fúngicas, bacterianas, virais e comportamentais, já que elas não são vacinadas. "Qualquer tipo de tratamento com antibióticos ou vermífugos só deve ser feito com orientação especializada", diz Marques.