
O caminho do abstracionismo, que seguiu durante anos na pintura, foi deixado de lado na criação de esculturas, privilegiando formas suaves e expressões humanas. Ela começou a produzir bustos, depois fez formas femininas e em seguida evoluiu para a construção de imagens de casais interagindo. "Observo tudo do cotidiano que possa me inspirar: a interação das pessoas, um casal junto ou o movimento de uma bailarina", conta Maíra.

As esculturas de Maíra são finalizadas em bronze ou em mármore com resina. As peças que ganham cor, como vermelho, preto e amarelo, são feitas com resina de cristal e tinta de carro. Segundo ela, a tinta automotiva tem mais brilho e valoriza a obra no ambiente em que está inserida.
De acordo com a artista, quem busca suas criações são pessoas que procuram uma arte acolhedora, que traga paz ao ambiente. "Comecei a materializar, no meu trabalho, alguns dos meus principais valores, inspirada na relação com a minha família", explica. Pelos títulos dos trabalhos - O Abraço, A Família, Encontro -, percebe-se a vocação da artista em dar forma às emoções, com a ponta do pincel na tela ou com os dedos na argila.