
"Há grande número de evangélicos na capital. E eles preferem os nomes bíblicos", diz Maria Candida Baptista Faggion, oficial do Registro Civil do 2º Subdistrito de Belo Horizonte. É o caso dos pais Luciana e Érico, admiradores de salmos atribuídos ao rei de Israel Davi, personagem bíblico que é referência entre os cristãos. David ou Davi vem do hebraico e significa amado. "Somos encantados com a história dele", afirma Luciana. A devoção também levou a pequena Maria Teresa, de 5 meses, a receber o nome. "Queríamos um nome santo para a nossa filha", afirma a mãe, a enfermeira Poliana Elias Pires de Holanda. "E ficamos felizes de outras pessoas também escolherem Maria para seus bebês", diz.

Na hora de escolher o nome, no entanto, é preciso ficar atento à sonoridade e grafia. "Muita gente quer colocar o sobrenome de alguém para homenagear. Mas, se for de outra família, não pode", observa Maria Candida. Ela também lembra que há dispositivo na lei que permite aos oficiais não registrar nomes que possam expor seus portadores ao ridículo. Quer se divertir com alguns exemplos que já foram parar na Justiça? Abikeila, Jurreverson, Todt, Iolo, Latoya Lorraine e Haynnar Tukiara Natacha. Sim, os pais insistiram nos nomes, mas os oficiais negaram.
