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Estado de Minas PET | SAÚDE

Saiba como tratar alergias em animais de estimação

Muito comum, a doença traz vários transtornos aos bichos e nem sempre é fácil de diagnosticar e tratar


postado em 11/08/2016 15:12 / atualizado em 11/08/2016 15:30

A publicitária Ana Angélica Turci observou que Lucy, sua shih-tzu de 3 anos, lambia as patas compulsivamente:
A publicitária Ana Angélica Turci observou que Lucy, sua shih-tzu de 3 anos, lambia as patas compulsivamente: "Fizemos vários testes e ainda não chegamos a um diagnóstico" (foto: Alexandre Rezende/Encontro)
Há três anos, a arquiteta Luciana Capuruço de Albuquerque deu abrigo a um gatinho que vivia nas ruas. O tempo foi passando e o bichano, sem raça definida (SRD), ganhou território e conquistou o seu coração. De indigente, passou a ter uma família e a se chamar Gato. Tudo ia bem até que uma falha de pelo na cauda causou estranhamento. "Aos poucos observei que a queda de pelo foi aumentando", conta Luciana. Na época, por causa da coceira provocada pelo quadro alérgico, o animal chegou a se ferir. Apesar de ter buscado ajuda profissional, a arquiteta não foi diretamente a um especialista. "Acabamos por tratá-lo por longo tempo, com medicação desnecessária, o que sobrecarregou o seu organismo", diz. Somente após a realização de biópsia seguida de exame histopatológico é que foi constatada a dermatite atópica, caracterizada por alergia a ácaros e substâncias presentes no meio ambiente. "Pouco tempo após iniciar o tratamento correto, já observamos melhoras."

Segundo a veterinária Ericka Homann Delayte, dermatologista da Clivet, as alergias mais comuns nos felinos ocorrem em consequência da picada de pulgas e ingestão de alimentos, além da dermatite atópica. Outros problemas de pele são recorrentes. "Os principais são as sarnas e infecções fúngicas", diz. Os cães também sofrem dos mesmos males e, muitas vezes, os sintomas das doenças são tão parecidos que dificultam o diagnóstico. Em ambas as espécies, identificar o local da coceira é importante. Dermatite alérgica provocada por picadas de pulgas, por exemplo, atinge mais regiões próximas à cauda e barriga. Alergia alimentar e dermatite atópica provocam coceira nas regiões das patas, orelhas, boca, olhos, virilha, axilas e pescoço. "Associado a isso, podemos observar pele avermelhada, prurido e, às vezes, mau cheiro", explica o veterinário Guilherme de Caro Martins, dermatologista da Clínica Veterinária São Francisco de Assis. O médico ressalta que animais que lambem as patas em excesso podem estar acometidos por algum problema alérgico.

As cadelinhas da escritora Maria do Carmo Gazire, Bianca e Bel, sofrem com dermatite atópica.
As cadelinhas da escritora Maria do Carmo Gazire, Bianca e Bel, sofrem com dermatite atópica."A Bianca tem alergia a ácaro e xampu, o que exige o uso constante de produtos e medicamentos específicos" (foto: Alexandre Rezende/Encontro)
Foi esse um dos principais sintomas que a publicitária Ana Angélica Turci observou em Lucy, sua shih-tzu de 3 anos. Aliada à intensa coceira na área dos olhos e focinho, a cadelinha lambia as patas compulsivamente. "Fizemos vários testes, usamos antialérgicos, antibióticos, pomadas, trocamos alimentação, e ainda não chegamos a um diagnóstico", diz Ana. A escritora Maria do Carmo Gazire se desdobra para cuidar de suas duas cadelas da raça maltês. Aos 3 anos e com apenas 1 quilo, a pequena Bianca é a que mais sofre com reação alérgica, herdada da mãe, Bel, 6 anos. "A Bianca tem alergia a ácaro e xampu, o que exige uso constante de produtos e medicamentos específicos", conta. O veterinário Guilherme de Caro alerta que, em se tratando de dermatite atópica, o quadro é crônico e incurável. Nesses casos, para garantir a qualidade de vida do animal, o tratamento deve ser contínuo.

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