
Lucas assumiu o posto com a saída de Adriana Branco para a Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social, no início do ano, a convite do prefeito Alexandre Kalil. Uma de suas principais missões é turbinar o programa de sócio-torcedor, o Galo na Veia. E vem conseguindo, graças, principalmente, a ações para quem tem alguma das carteirinhas, como os lounges montados no Mineirão e no Independência e as bebidas vendidas a preços promocionais. "A Adriana construiu um alicerce muito bom", afirma. "Em cima posso fazer um edifício infinito."
Só no mês de fevereiro o Atlético ganhou mais de 1 mil sócios-torcedores. O que chama a atenção é o fato de ser um movimento contrário ao do Cruzeiro. No dia 1º, a Raposa tinha 78.914 sócios-torcedores - 8 mil a mais que o Galo. No fim do mês, o Cruzeiro despencou para pouco mais de 50 mil sócios (veja quadro). Em Minas, o alvinegro tem 57% dos sócios-torcedores do estado. E a expetativa é de que os números cresçam ainda mais com o clube na Libertadores e o início do Brasileirão, em maio.
O Atlético tem quatro categorias de sócio-torcedores: a preta (220 reais por mês), que dá direito a todos os ingressos para as partidas com o clube como mandante; a prata (35 reais por mês), que dá direito a descontos na compra dos ingressos; a branca (13 reais por mês), que não dá descontos para compra de ingressos, mas outras facilidades; e a gold, destinada aos conselheiros. "Nosso objetivo é chegar ao final do ano com 100 mil sócios-torcedores", afirma Lucas. Para aumentar o número de sócios da categoria mais cara, atualmente com 3 mil integrantes, a diretoria vem jogando pesado. Na partida contra o Joinville, no Independência, pela Primeira Liga, os torcedores com essa carteirinha puderam consumir cerveja de graça. Se chegar a 5 mil sócios, Lucas promete open bar de cerveja, água e refrigerante até o fim do ano em todos os jogos do Atlético como mandante. "Os clubes do Rio e de São Paulo têm cota de TV maior, além de ganharem mais com patrocínio e venda de material esportivo", diz o presidente do Conselho Deliberativo, Rodolfo Gropen. "Para montarmos um time competitivo, precisamos da nossa torcida."

Formado em publicidade pela PUC Minas, pós-graduado em marketing, em marketing político e em gestão de negócios, Lucas Couto tem 39 anos e antes de assumir o Atlético em tempo integral era coordenador geral das relações institucionais e mercadológicas da Fumec. Ele reconhece, claro, que nenhuma das iniciativas seria suficiente se o clube não estivesse em um excelente momento. Não à toa, o Galo é o terceiro clube do país no ranking de assinantes de pay-per-view, atrás de Flamengo e Corinthians. "As gestões de Alexandre Kalil e Daniel Nepomuceno reconstruíram o Atlético", diz. "Hoje, o clube voltou aos tempos áureos de Reinaldo e companhia."
Lucas destaca também a infraestrutura privilegiada, com o melhor centro de treinamento do país, salários pagos sempre em dia e equipe técnica de primeira linha. "Não é a toa que jogadores como Fred, Robinho e Elias querem vir para cá." Lucas lembra que se sentiu como um desses craques ao aceitar o convite para a nova função. "Atlético e amor são sinônimos. Quando perguntaram se eu queria trabalhar com minha paixão, respondi que sim com um grande sorriso no rosto." Sorriso do qual ele parece não ter se separado até agora.
Os campeões: quais são os clubes brasileiros com mais sócios-torcedores
- Palmeiras - 126.355
- Grêmio - 115.282
- Internacional - 112.803
- São Paulo - 112.756
- Corinthians - 100.845
- Flamengo - 84.341
- Atlético-MG - 73.663
- Santos - 65.096
- Cruzeiro - 50.844
- Sport - 43.990
Fonte: https://historicofutebolmelhor.com.br/torcedometro (Em 6/3/2017)