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Estado de Minas MINEIROS DE 2018

Maria Cristina Valle

Depois de um período difícil, que afetou quase todo o setor de construção no país, inclusive a Caparaó, a companhia comemora 2018 como o ano da virada: entregou 100 mil metros quadrados de obras e lançou o mais alto e imponente edifício de Minas


postado em 02/01/2019 15:10 / atualizado em 02/01/2019 17:26

Maria Cristina em um dos andares do Concórdia Corporate, no Vila da Serra: maior edifício de Minas e o mais alto do Brasil em estrutura metálica(foto: Alexandre Rezende/Encontro)
Maria Cristina em um dos andares do Concórdia Corporate, no Vila da Serra: maior edifício de Minas e o mais alto do Brasil em estrutura metálica (foto: Alexandre Rezende/Encontro)
"Domani è un altro giorno." A frase (amanhã é outro dia, em italiano), repetida aos quatro cantos da construtora Caparaó, na zona sul da cidade, ecoa como um mantra na história da companhia. Há 30 anos, o fundador da empresa, o respeitado construtor Ney Moreira Bruzzi, perdeu o herdeiro Paulo em um acidente automobilístico. "Domani è un altro giorno", costumava dizer Ney nos dias seguintes à tragédia, para encontrar forças não só para si, mas para transmitir esperança a todos que conviviam com ele.

Os anos se sucederam e a Caparaó se consolidava como símbolo da construção mineira. Prédios vistosos, imagem irretocável e, como consequência, a empresa crescia a olhos vistos. O começo da crise econômica que afetou o Brasil como um todo e em particular o setor construtivo não deixou a Caparaó isenta. Mas "domani è un altro giorno".

Hoje, a vice-presidente do grupo Caparaó, Maria Cristina Valle, exibe um sorriso largo e brilho nos olhos. Recebeu a reportagem de Encontro trajando um elegante vestido de cores vivas. A alegria estampada no rosto (e nas vestes) tem motivos. Ela se sente realizada não só em falar sobre as conquistas da Caparaó neste ano, mas também de uma grande paixão: a arquitetura. "Eu sou muito feliz e realizada na profissão", diz. "Estou sempre rodeada de pessoas em fases boas da vida, com novos projetos."

O ano de 2018 vai ficar marcado na história da Caparaó. A construtora entregou cerca de 100 mil metros quadrados em quatro grandes obras: o #SelfieAppartamentos, o Solar Imóveis, o Oncobio, realizada para o Hospital Biocor e o Grupo Oncoclínicas; e o imponente e luxuoso edifício Concórdia Corporate, no Vila da Serra. Este último é o maior edifício de Minas e o mais alto do Brasil em estrutura metálica.

"Nos momentos de crise, como os que vivemos recentemente, é quando somos mais testados para vencer os desafios e obstáculos", diz Maria Cristina, que entrou na Caparaó em 1986 como arquiteta, foi diretora de projetos e em 2013 tornou-se sócia do grupo. Ela costuma dizer que a Caparaó não é uma construtora, mas um escritório de design e arquitetura que constrói. A paixão é acompanhada pelas filhas Letícia e Thaís, que também são arquitetas e trabalham na Caparaó.

Além de estética, a arquitetura exige sensibilidade. Esse último dom, Maria Cristina aprimorou com a música. Ela começou a estudar piano aos 7 anos e chegou a formar-se no curso de música junto com o de arquitetura. Foi concertista no Palácio das Artes, mas depois optou por trocar de carreira. "A sensibilidade que adquiri com a música me ajuda na hora de decidir entre proporções, dimensões e cores", afirma. Maria Cristina costuma levar músicos para fazer pequenos recitais em sua casa, mas não toca mais, por falta de tempo.

Outra paixão é o Atlético. "Quando perdemos, fico triste por um momento, mas logo passa. Bola pra frente, pois sei que depois virão outros momentos de alegria." O torcedor atleticano típico, como Maria Cristina, sabe, afinal, que "domani è un altro giorno".

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