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Estado de Minas SOLIDARIEDADE

Conheça pessoas que ajudaram na reconstrução de BH após as chuvas

Muita gente alterou sua rotina para ajudar quem perdeu tudo por causa dos temporais que assolaram a cidade em janeiro


postado em 28/02/2020 16:29

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Belo Horizonte e região metropolitana estão enfrentando o período chuvoso mais intenso da história. Ruas e avenidas importantes da capital mineira se transformaram em verdadeiros rios, afinal, não houve asfalto ou sistema de canalização que suportasse tanta água. Sobre a superfície, cenas de destruição e, o que é pior, causando mortes e desabrigados. É nessas horas que a solidariedade deve falar mais alto. E foi o que aconteceu. Muitas pessoas alteraram as suas rotinas para ajudar quem perdeu tudo nas enchentes. Nesta edição, a Coluna Retratos da Cidade destaca quatro personagens que ajudaram a capital e grande BH a se reerguerem após o dilúvio.

Apoio para reconstrução

(foto: Violeta Andrada/Encontro)
(foto: Violeta Andrada/Encontro)
Nas redes sociais, vídeos não paravam de circular com cenas das enchentes e destruição causadas pela tempestade do dia 28 de janeiro. Ainda naquela madrugada, Emir Cadar Filho, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Minas Gerais (Sicepot-MG), começou a formar uma rede para ajudar. "De 8h da manhã ao meio dia, já havia cerca de 100 empresas associadas dispostas a contribuir. Mais de 150 máquinas foram cedidas para reconstruir vias e casas", diz Emir. Ao mesmo tempo, ele começou a formatar um plano para receber mais doações. Passaram a receber colchões, cobertores, sofá, geladeira e fogões, além de brita, bloco de concreto e outros materiais de construção. "Ficamos de plantão o tempo inteiro. Não dormi e nem comi direito, mas estou feliz". A notícia se espalhou rápido e a sede da entidade começou a receber inúmeras ligações com pedidos de ajuda - até do prefeito Alexandre Kalil.

Conscientização após o temporal

(foto: Violeta Andrada/Encontro)
(foto: Violeta Andrada/Encontro)
O bairro de Lourdes, na região centro-sul, foi um dos mais afetados pela tempestade. O entorno da Praça Marília de Dirceu foi tomado pelas águas, assustando moradores e comerciantes, já que até o asfalto foi arrancado. Jeferson Rios, presidente da Associação dos Moradores e Lojistas de Lourdes, no dia seguinte, já estava com a agenda cheia. Além de contabilizar os prejuízos causados pelo temporal, se transformou em mais um ponto de apoio para receber e enviar doações aos atingidos de outras regiões. "Recebemos materiais de limpeza, higiene e alimentos", diz. A chuva, de acordo com ele, mostrou também que o bairro necessita de um trabalho mais eficaz de coleta seletiva, para melhorar o escoamento da água da chuva pelos bueiros. Diante disso, idealizou um projeto que irá colocar em frente aos prédios pequenos contêineres para dispensar os materiais recicláveis. Pelo menos 32 condomínios já se predispuseram a participar da iniciativa, que será custeada pelos próprios moradores. A ideia é cadastrar moradores de rua para recolher os materiais.

Fôlego para os lojistas

(foto: Alessandro Carvalho/Divulgação)
(foto: Alessandro Carvalho/Divulgação)
Cerca de 2.5 mil comerciantes foram atingidos pelo temporal do dia 29 de janeiro e, conforme a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), o prejuízo médio foi de aproximadamente 16,5 mil reais para cada comércio. "Era de manhã e já estava com o BDMG no telefone, negociando uma  linha de crédito para os comerciantes atingidos", conta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, que tentava reparar os danos causados pela chuva. "Logo depois, liguei para a Caixa e Banco do Brasil, que também se propuseram a criar uma linha deles." Na semana seguinte, mais reuniões. Desta vez com o governador Romeu Zema, para negociar uma isenção de pagamento das contas de água e esgoto dos imóveis atingidos. Agora, o presidente da CDL pretende levar o trabalho implementado em BH para outras cidades atingidas, por meio de um e-Book explicativo das principais iniciativas criadas.

O QG das doações

(foto: Lila Alves/Divulgação)
(foto: Lila Alves/Divulgação)
Definitivamente, janeiro não foi um mês de férias para os integrantes do Serviço Social Autônomo (Servas). "Quando iniciaram as chuvas, prontamente formamos uma força-tarefa com a defesa civil para atender as emergências de Minas Gerais", conta Aléxia Brant, presidente da organização responsável pela captação de doações para os atingidos pela tragédia. Fraldas, alimentos não perecíveis, itens de higiene pessoal, água, colchões e roupas foram recebidos aos montes pelo Servas, totalizando 250 toneladas de material arrecadado. Porém, o trabalho está longe de acabar. "Precisamos ainda de alimentos, itens de higiene pessoal, limpeza e colchões."

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