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Estado de Minas CIDADE

Expominas e Minascentro entram em nova fase mirando grandes eventos

Centro da Gameleira recebe chancela da Unesco, e espaço na área central de BH ganha nova gestão


postado em 19/02/2020 15:58 / atualizado em 19/02/2020 23:57

Márcia Ribeiro e Lucas Guimaraens, gestores do Expominas e da Mineiraria: parceria entre os dois importantes centros de eventos da cidade(foto: Violeta Andrada/Encontro)
Márcia Ribeiro e Lucas Guimaraens, gestores do Expominas e da Mineiraria: parceria entre os dois importantes centros de eventos da cidade (foto: Violeta Andrada/Encontro)
É pela avenida Amazonas, um dos principais corredores de Belo Horizonte, que se alcança o Expominas, no bairro Gameleira, na região oeste. De acordo com os gestores do centro de eventos, a via deve ficar bem movimentada daqui para frente. A previsão não é infundada. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) chancelou o espaço em setembro do ano passado, o que coloca os seus três pavilhões na rota de grandes eventos internacionais. Trata-se do único espaço do perfil com a marca da Unesco na América Latina.

Essa é a última grande novidade do Expominas, construído em 1998 e que já vinha acumulando uma série de notícias importantes. Em 2018, o centro foi concedido à iniciativa privada. Antes, quem tocava a gestão era a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A Nutribom, empresa vencedora da licitação, convocou uma equipe para comandar o gigante de 72 mil metros quadrados de área construída. "Recebemos esse avião em pleno voo. Antes de tomarmos qualquer decisão precisávamos entender quem usava esse equipamento", diz a relações públicas e produtora de eventos Márcia Ribeiro (dona da empresa Nó de Rosa), que assumiu a diretoria de marketing e negócios do Expominas.

A partir das conversas com clientes do local, a nova gestão passou 2018 e 2019 adaptando o espaço para melhor atendê-los. Em 2020, diz Márcia, é hora de trazer novidades para o grande público. Está na mira dela, por exemplo, oferecer lojas de conveniência no local, entre outros serviços. Em 2019, passaram por lá cerca de 1,2 milhão de pessoas. "Quase dobramos o número de eventos", diz Márcia, que acredita que em 2020 a tendência será aumentar ainda mais os compromissos ali.

Há seis meses, aterrissou no Expominas outra cara nova. Lucas Guimaraens, formado em direito e filosofia, assumiu a diretoria de relações institucionais. Embaixador da Unesco, Lucas acompanhou de perto os trâmites que culminaram no casamento com o braço das Organizações das Nações Unidas (ONU). "Agora, eventos que acontecem em Paris, por exemplo, onde é a cidade-sede da Unesco, podem ser realizados aqui", diz. Para se ter uma ideia do esforço que foi feito para isso acontecer, Lucas compara com o processo que envolveu o Conjunto Moderno da Pampulha, que em 2016 recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pelo mesmo organismo internacional. "Atendemos a um conjunto de critérios extremamente complexos, o que só aumenta a nossa responsabilidade e a importância do Expominas", afirma Lucas.

A meta dos atuais gestores, agora, é diversificar o público do espaço. "Queremos colocar o Expominas como alternativa para eventos que repensem a nossa vocação", diz Márcia. Uma das ideias é trazer congressos e encontros sobre tecnologia e shows, que podem ser realizados no galpão Arena, que hoje tem capacidade para 2 mil pessoas, mas deve aumentar para 5 mil, após a realização de obras. Para este ano, já estão previstos eventos de porte internacional, como o Encontro Mundial e Temático de Cátedras de Cultura da Unesco, O Encontro de Gastronomia, e o Encontro do Patrimônio Imaterial Físico.

Lucas e Márcia são também os gestores da Mineiraria, criada em 2018 pelo governo de Minas, para incentivar a cadeia produtiva e gastronômica do estado. Expominas e Mineiraria, portanto, se tornaram parceiros. Quis o destino ainda que Belo Horizonte conquistasse o título de Cidade Criativa da Gastronomia da Unesco, no fim de 2019. Espera-se, portanto, que o Expominas se transforme em palco de eventos que mostrem para os mineiros e para o mundo o que o estado tem de melhor.

Enquanto isso, no Minascentro...

O Minascentro, na avenida Augusto de Lima, na área central de BH(foto: Ronaldo Dolabella/Encontro/Arquivo)
O Minascentro, na avenida Augusto de Lima, na área central de BH (foto: Ronaldo Dolabella/Encontro/Arquivo)
Depois de dois anos fechado por causa de obras, o centro de convenções localizado ao lado do Mercado Central está sob nova gestão. Na licitação realizada no fim do ano passado, o consórcio Chevals/Perfil venceu outras seis empresas e vai administrar o espaço nos próximos quinze anos. "Vamos fazer uma verdadeira revolução no Minascentro. Queremos devolver esse equipamento para a cidade", diz Rômulo Rocha, fundador do Chevals Centro Hípico Vale do Sol. O imóvel, construído em 1981, tem seis auditórios e dois teatros, em uma área de mais de 30 mil metros quadrados. "Só animamos entrar nisso depois de ver como ele ficou por causa das obras. Vamos trabalhar para BH receber eventos jamais vistos por aqui."

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