
"É um movimento natural, já que tantos negócios ficaram incubados durante esse período", diz o chef Caio Soter, que em outubro do ano passado inaugurou o Pacato. A aposta inicial da casa está nos menus degustação, elaborados para refletir a história de Minas Gerais. "Na época da exploração do ouro, muita gente mudou para cá, e não tinha um mercado capaz de fornecer comida para todos", conta o chef. Com a fome, os pioneiros tiveram de se reinventar, colocando as plantas nativas na mesa. E é assim no Pacato. Pancs, carnes, preparos, tudo feito para criar uma releitura contemporânea de receitas tradicionais. "O sarrafo da gastronomia em BH vem subindo a cada ano. Agora, não é mais necessário ir para São Paulo para viver experiências gastronômicas. Temos boas referências aqui." O menu mais recente do restaurante é composto por nove tempos e foi batizado de "do barro à lama", uma homenagem feita pelo chef à história e à cultura do Vale do Jequitinhonha, mas sem esquecer do impacto causado pelo rompimento da barragem de Brumadinho nos rios que abastecem a região.






