
Fundado em 1997, o Colégio Edna Roriz foi uma das primeiras escolas a se estabelecer no bairro. A escolha do endereço, em um terreno de 3,5 mil metros quadrados, foi estratégica. “A localização, próxima à Serra do Curral, proporciona um ambiente mais leve, saudável e inspirador, estimulando a curiosidade e ampliando a percepção do mundo", explica a coordenadora pedagógica, Maria Alice Viotti.

“Estamos nos aperfeiçoando cada vez mais na criação de percursos personalizados de aprendizagem. Um aluno que deseja cursar medicina, por exemplo, precisa de uma trajetória diferente daquele que pretende estudar no exterior. Esse modelo pedagógico exclusivo tem chamado a atenção de educadores de outros Estados que nos procuram para consultorias e troca de experiências”, afirma a coordenadora.
Projeto multicultural
Outra referência educacional no bairro é a Fundação Torino, criada em 1975 para atender aos filhos de italianos que vieram ao Brasil com a instalação da Fiat Automóveis. Com o passar dos anos, a escola ampliou seu alcance e passou a atrair também famílias de Belo Horizonte e região. Em 1992, a instituição evoluiu de um currículo exclusivamente italiano para um modelo bicultural, incorporando também o currículo brasileiro.

Segundo a diretora-geral da Fundação Torino, Márcia Naves, a ampliação da instituição no Belvedere representou uma aproximação ainda maior da escola com as famílias da região. Além disso, a escolha do bairro refletiu o desejo de estar em uma área em pleno crescimento. “O bairro é o cenário ideal para oferecer uma formação que combina tradição, inovação e conexão global”, destaca.
Educação além das fronteiras do bairro
Para além das instituições situadas no próprio bairro, os moradores do Belvedere contam com acesso facilitado a escolas de alto padrão em regiões vizinhas. Um exemplo é a Escola Americana de Belo Horizonte (EABH), localizada no bairro Buritis. Com um campus de mais de 24 mil m², cercado por áreas verdes, a EABH atrai famílias que valorizam uma formação internacional aliada à excelência acadêmica.
Fundada em 1956 por um grupo de missionários americanos, a EABH nasceu com o propósito de oferecer uma educação bilíngue, com visão global e foco humanista. Com aulas em inglês em período integral, exceto nas disciplinas de língua portuguesa, história e geografia do Brasil, ministradas em português, o currículo contempla, entre outras áreas, robótica, programação, espanhol, música, artes visuais, teatro e educação física.
Segundo o diretor-geral, Mr. Kerry Timmerman, a EABH é a única escola em Belo Horizonte autorizada a oferecer o programa do Bacharelado Internacional (IB) – um currículo reconhecido mundialmente, que tem como objetivo desenvolver uma mentalidade internacional nos alunos. Com a demanda crescente, a instituição tem investido na modernização de sua infraestrutura e na ampliação de sua capacidade de atendimento. “Iniciamos, em julho de 2025, a segunda fase do nosso plano de expansão, com um investimento estimado em mais de R$ 29 milhões. Essa nova etapa contempla a ampliação da estrutura física e a modernização do campus”, revela Timmerman.
Formar pessoas

Segundo a gestora pedagógica Renata Vidal, o ensino agostiniano representa uma missão contínua de transformação. “Nosso diferencial está na proposta formativa, que une espiritualidade, formação humana e resultados, oferecendo uma experiência educacional que transcende a simples transmissão de conteúdo. O compromisso da instituição é formar pessoas conscientes de seu papel no mundo”, explica.
O investimento em formação internacional também tem ganhado protagonismo na estratégia educacional da escola. Entre as prioridades para os próximos anos estão o fortalecimento da proposta pedagógica e a ampliação das oportunidades de formação internacional para os estudantes. Neste ano, foram entregues mais de 150 certificados de proficiência em inglês e espanhol (Cambridge, IELTS e DELE), contemplando alunos do 5º ano do Ensino Médio. Além disso, o colégio promoveu um encontro com universidades internacionais.
Em junho, o colégio concluiu o segundo módulo da certificação internacional The Cap (Times Higher Education Counsellor Accreditation Programme). “Nosso foco é preparar os estudantes não apenas para os vestibulares, mas para a vida, com uma formação ética, crítica, global e sensível às transformações do mundo”, finaliza Renata.