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Estado de Minas VISÃO

Estrabismo pode ser corrigido em adultos

Cirurgia é eficaz em 80% dos casos


postado em 15/10/2018 17:40 / atualizado em 15/10/2018 16:51

(foto: YouTube/yowzas07/Reprodução)
(foto: YouTube/yowzas07/Reprodução)

Apesar de muitos pacientes não saberem, o estrabismo pode ser corrigido em adulos por meio de cirurgia, que não é estética. A estimativa é que o procedimento gere um alinhamento satisfatório dos olhos em 80% dos casos. De acordo com a oftalmologista Marcela Barreira, do Banco de Olhos de Sorocaba (SP), estudos mais recentes mostram que além dos benefícios psicossociais da cirurgia de estrabismo em adultos, há também melhora na expansão do campo visual binocular ou ainda a recuperação da visão binocular (estereopsia).

"A visão binocular é aquela responsável pela sensação espacial das imagens e pela profundidade. É a visão que usamos para ver em 3D. Ela se forma a partir da captação da imagem de forma individual pelos olhos, que depois é fundida em uma só pelo cérebro. O estrabismo, quando não tratado, pode resultar na perda dessa capacidade", explica a médica.

A recomendação, conforme a especialista, é fazer a cirurgia ainda na infância, período de maturação do sistema visual. "Mesmo quando a correção do estrabismo é feita na vida adulta, resulta em melhora no campo visual binocular e, em alguns casos, ocorre a recuperação da binocularidade, conhecida pelo termo médico estereopsia", diz Marcela Barreira. Ela recomenda fazer o procedimento o mais breve possível.

Vale lembrar que a perda da visão binocular pode ser um impedimento para exercer algumas profissões. Uma pessoa com estrabismo não pode pilotar um avião, um trem ou ainda ser um médico cirurgião. Ler livros em 3D ou ver um filme em 3D também não é possível, por exemplo.

Diplopia

Uma outra condição que também apresenta melhora com a cirurgia de estrabismo é a diplopia, mais conhecida como visão dupla. "O que ocorre é que quando o estrabismo se desenvolve depois da maturidade visual, a pessoa irá apresentar visão dupla, porque não tem mais a capacidade de suprimir uma das imagens captadas pelos olhos. Na infância, como a visão está em desenvolvimento, o cérebro inibe a imagem do olho saudável, levando à ambliopia, conhecida como olho preguiçoso", comenta Marcela Barreira.

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