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Estado de Minas BEM-ESTAR

Gripe aumenta risco cardiovascular, ainda mais em idosos

Sequelas do vírus Influenza afetam o coração


postado em 28/11/2018 08:39 / atualizado em 28/11/2018 09:00

(foto: The New England Journal of Medicine/Reprodução)
(foto: The New England Journal of Medicine/Reprodução)

Com as constantea alterações no clima, comuns na Pimavera, muita gente acaba sendo vítima da gripe, causa pelo vírus Influenza. O que nem todos sabem é que a doença pode ir além dos sintomas comuns como febre alta, congestão nasal e fadiga. Segundo estudo publicado este ano no periódico científico The New England Journal of Medicine, a gripe pode aumentar em até seis vezes as chances de ataque cardíaco uma semana após a contaminação pelo vírus.

Para as pessoas com 65 anos ou mais, o perigo é ainda maior, pois mesmo meses após a recuperação dos sintomas da doença, o indivíduo ainda pode ter um risco maior de sofrer ataque cardíaco, derrame ou outros problemas cardiovasculares.

Segundo os cientistas canadenses, responsáveis pela pesquisa, tal aumento ocorre em função da inflamação dos músculos do coração e consequente aumento do risco de formação de coágulos sanguíneos, que levam à ocorrência de diversos problemas no sistema cardiovascular.

Nos idosos, a gripe está relacionada a seis das 10 principais causas de hospitalização e pode evoluir, inclusive, para o óbito. A maioria das mortes por influenza sazonal é registrada nessa população, especialmente em não vacinados.

Portanto, a imunização é a melhor alternativa para se prevenir, podendo ser feita tanto na rede privada quanto pública. Nas clínicas particulares, há duas vacinas contra o vírus Influenza: trivalentes e quadrivalentes. As trivalentes protegem contra três tipos de vírus, enquanto as quadrivalentes oferecem proteção mais ampla, pois contém um vírus a mais, protegendo contra quatro tipos. O sistema público de saúde oferece apenas o imunizante trivalente.

Recentemente, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma vacina desenvolvida exclusivamente para a população acima dos 65 anos. Neste caso, o imunizante apresentou 24,2% mais eficácia na proteção contra a gripe em comparação à vacina trivalente usada atualmente no Brasil.

A nova vacina contra o Influenza ainda aguarda definição de preço da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) para ser distribuída para clínicas particulares de todo o país.

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