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Estado de Minas BEM-ESTAR

Síndrome de Sjogren ainda é pouco conhecida

Problema autoimune afeta mais as mulheres


postado em 07/11/2018 11:43 / atualizado em 07/11/2018 11:46

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Já ouviu falar na Síndrome de Sjogren? Ela é uma doença autoimune que pode ocorrer de forma isolada, quando é chamada de primária, ou atrelada a outros distúrbios do sistema imunológico e reumático, como artrite reumatoide, esclerose sistêmica e lúpus – na forma secundária. A estimativa é que nove em cada 10 pacientes são mulheres, especialmente na menopausa, mas a condição também pode atingir crianças e adolescentes e até causar complicações em grávidas.

Segundo o oftalmologista Maurício Della Paolera, professor assistente da Santa Casa de São Paulo, uma vez que o corpo desenvolve a síndrome, o organismo passa a atacar as próprias células saudáveis produtoras de saliva e lágrimas. "Ainda não há cura, mas a identificação precoce favorece o controle dos sintomas que afetam a qualidade de vida, como a secura de boca, olhos, vagina, trato respiratório e pele, além do comprometimento de alguns órgãos internos", comenta o especialista.

O diagnóstico correto do problema cabe ao reumatologista, mas a suspeita pode ser levantada por médicos de diversas especialidades, como oftalmologistas, dentistas, ginecologistas e dermatologistas. Isso porque os sintomas assemelham-se a outras patologias ou, simplesmente, aos sinais de envelhecimento.

"É comum que as mulheres, atribuladas de tarefas, negligenciem a boca seca, a sensação de areia nos olhos e, até mesmo, a secura vaginal. São indícios de que o corpo está pedindo ajuda e precisam ser investigados", explica o médico.

De acordo com Maurício Paolera, o tratamento precisa envolver o corpo como um todo, com foco em reestabelecer a qualidade de vida do paciente. Para os olhos, o mais indicado é a utilização de lágrimas artificiais, sobretudo para as pessoas que fazem uso constante de lentes de contato e permanecem por muito tempo em ambientes com ar-condicionado, por exemplo.

"As lágrimas não têm papel apenas na demonstração de emoções, elas são responsáveis por garantir a lubrificação dos olhos, para que estejam sempre limpos e protegidos da ação externa. Se o olho fica seco e exposto, a córnea pode ser danificada, levando a perda de visão em casos extremos", acrescenta o especialista.

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