Falta de ar, chiado e desconforto no peito e tosse são sintomas típicos da asma, doença que acomete 10% da população brasileira (cerca 19 milhões de pessoas), segundo estimativa do Ministério da Saúde. Alguns desses sintomas podem apresentar piora durante exercícios físicos, o que acaba gerando dúvidas se a prática é indicada por quem sofre da doença. Porém, de acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, as atividades físicas beneficiam quem sofre de doenças respiratórias, atuando desde a prevenção até o tratamento.
O problema respiratório associado à asma não deve ser encarado como condição para dispensa de exercícios físicos. Mas, assim como o uso de medicamentos, é importante dosar a quantidade certa para que a atividade gere resultados para os pacientes. "A atividade deve fazer parte de um tratamento individualizado de acordo com o tipo de asma e não dispensa o tratamento com medicamentos", comenta o pneumologista Oliver Nascimento, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da GSK. "Para o paciente ter uma boa capacidade física e não desenvolver crises de asma durante os exercícios, sua asma tem que estar adequadamente controlada", alerta o médico.
Segundo dados o Ministério da Saúde, treinos físicos melhoram o condicionamento muscular e cardiorrespiratório. Ciclismo, remo, corridas de longa duração e a própria natação são os mais indicados para aqueles que possuem asma. Outras modalidades como futebol, basquete e vôlei também são recomendadas, desde que o praticante se adapte à modalidade.