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Estado de Minas SAÚDE

Home office e inverno contribuem para a síndrome do olho seco

Oftalmologista dá dicas para aliviar os incômodos causados por essa condição de saúde que acomete milhares de brasileiros


postado em 22/07/2021 00:05 / atualizado em 22/07/2021 00:08

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Segundo o oftalmologista Leonardo Gontijo, ao contrário do que se pode imaginar, lavar os olhos com água ou soro é uma das piores maneiras de combater a síndrome do olho seco(foto: Pixabay)
Segundo o oftalmologista Leonardo Gontijo, ao contrário do que se pode imaginar, lavar os olhos com água ou soro é uma das piores maneiras de combater a síndrome do olho seco (foto: Pixabay)
Acordar pela manhã, tomar café, checar as novidades no celular e ligar o computador para começar o trabalho. De tempos em tempos, mais uma olhada no celular. No final do dia, assistir um filme ou uma série na TV. Quem está em trabalhando de casa (home office) durante o período de isolamento social por conta do novo coronavírus tem vivido rotina similar. O tempo a mais que se passa cercado por telas pode ser prejudicial para os olhos, e a situação fica mais complicada no inverno.

Um exemplo disso é a incidência da síndrome do olho seco, que atinge mulhares de brasileiros e pode piorar com o home office e a baixa umidade relativa do ar, característica das estações mais frias do ano. Os principais sintomas desse problema ocular são: ardor, vermelhidão e coceira nos olhos. "Existem casos bem intensos e casos leves. Por isso, muita gente tem a síndrome e não sabe, pois o incômodo às vezes não é tão grande, mas, com o isolamento social, as pessoas estão passando mais tempo olhando para telas, acentuando os sintomas da síndrome", explica o oftalmologista Leonardo Gontijo.

De acordo com o médico, isso acontece porque piscamos menos perto de smartphones, monitores e outros eletrônicos. "Uma pessoa pisca em média 20 vezes por minuto, mas ao utilizar esses dispositivos, a média cai para apenas seis vezes por minuto. Essa alteração resulta num desequilíbrio dos componentes da lágrima e gera o estado de olho seco", esclarece o médico. O ar mais seco do inverno é um fator agravante. Os casos mais severos da síndrome podem ser tratados com luz pulsada, um método indolor e minimamente invasivo que ajuda a recuperar a camada oleosa da lágrima, principal responsável pela lubrificação dos olhos.

Existem outros métodos que ajudam a contornar a síndrome e aliviar os sintomas, segundo o oftalmologista: "O principal é piscar. Um lembrete escrito na tela do monitor pode ajudar com isso. É importante, ainda, caminhar dentro de casa, se alongar, pegar uma água. Tirando os olhos do computador e também do celular", orienta ele.

O médico alerta ainda para o fato de muitas pessoas acreditarem que podem resolver o problema do olho seco com água ou soro fisiológico. "Isso é um dos piores erros. A lágrima é muito mais do que apenas água e sal. Ela também tem uma camada oleosa, que ajuda na lubrificação. O certo é procurar um bom lubrificante para os olhos, que pode ser encontrado nas farmácias", orienta Leonardo Gontijo.

*Conteúdo publicado originalmente em 2020

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