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Estado de Minas OUTUBRO ROSA

Sexo pós-câncer de mama: opção terapêutica ajuda mulheres a ter uma vida sexual ativa e sem desconfortos

Pelo menos 60% das mulheres que passaram pela doença têm algum sintoma urogenital devido à redução hormonal e efeitos da quimioterapia


postado em 27/10/2021 09:10 / atualizado em 27/10/2021 09:32

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 66.280 novos casos da doença sejam diagnosticados no país entre 2020 e 2022. A boa notícia é que é alta a taxa de sobrevivência de pacientes com o tumor quando descoberto em estágio inicial. Entretanto, vencer o câncer não é a única batalha a ser travada por essas mulheres. Mesmo após a cura, a luta ainda permanece, principalmente no que diz respeito à vida sexual, pois os efeitos do tratamento ainda persistem. Pelo menos 60% das mulheres que passaram pelo câncer de mama têm algum sintoma urogenital devido à redução hormonal e efeitos da quimioterapia.

Essa queda nos níveis hormonais pode trazer inúmeros desconfortos, como ardência ao urinar (disúria), baixa ou nula lubrificação vaginal, prurido, diminuição da libido; podendo levar a uma importante perda na qualidade de vida e auto estima da mulher. Nestas circunstâncias, os tratamentos são apenas paliativos e limitados, uma vez que tal paciente pode ter contraindicação absoluta ao uso da terapia de reposição hormonal.

O laser íntimo tem se mostrado uma boa opção terapêutica para amenizar esses sintomas. Ele é pouco invasivo e sua utilização tem apresentado resultados promissores. O tratamento diminui as taxas de infecção urinária, a paciente apresenta menores índices de candidíase e incontinência urinária. Há também uma melhora significativa na turgidez e lubrificação vaginal, que contribuem para a qualidade na vida sexual da mulher.

Segundo o urologista Joselito Nogueira, da Clínica Dra. Meira Souza, o procedimento atua de forma local, estimulando a vascularização e o rejuvenescimento do canal vaginal. O resultado é um aumento das fibras de colágeno, que auxiliam na recuperação da elasticidade da vagina, trazendo mais equilíbrio para a região e proporcionando um aumento de resistência às infecções.

Uma vez protegido, o sistema urogenital passa a reduzir o risco de desenvolver patologias como a candidíase de repetição, infecção e incontinência urinárias, evitando ainda desconfortos como ardência, fissuras, ressecamento e a flacidez. "A vitalidade sexual devolve para essa mulher, já tão machucada pelo câncer, a saúde de uma forma integral, proporcionando bem-estar, energia, vigor e disposição em todos as esferas", afirma. O procedimento é realizado em consultório, com duração de menos de uma hora, sem internação. São necessárias, no mínimo três sessões, a cada 30 dias.

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