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Estado de Minas ENCONTRO DÉCOR | AMBIENTES

Charmosos e versáteis, os biombos estão de volta

Eles criam privacidade, são fáceis de manipular, isolam parcialmente áreas antes integradas e deixam o espaço mais bonito


postado em 22/06/2017 15:37

Angela Maria Pereira usou a peça como divisória, para separar a sala do corredor que leva aos quartos:
Angela Maria Pereira usou a peça como divisória, para separar a sala do corredor que leva aos quartos: "Embelezou o espaço e resolveu o meu problema" (foto: Alexandre Rezende/Encontro)
O biombo voltou com tudo! A peça, útil e atemporal, tem se tornado grande aliada na decoração em função da sua versatilidade e praticidade. Ele integra ou separa os ambientes e confere privacidade aos espaços de forma flexível, sem o peso de uma parede. Pode ser usado ainda como cabeceira, como fazia a estilista francesa Coco Chanel, que tinha dezenas de biombos Coromandel (nome dado em alusão à ilha de onde saíam as peças para a Europa). Além disso, é feito de diversos tamanhos, cores e materiais e há opções clássicas, rústicas e modernas, o que contribui com a parte estética do ambiente, seja  ele comercial ou residencial.

O consultor de arte e artista visual Marcos Esteves é um fã do biombo e já teve três em casa. Atualmente, tem um modelo de fibra com madeira que divide a área de leitura e trabalho da sala de visitas. Além disso, dá privacidade maior ao apartamento, que fica no primeiro andar e tem janela próxima da rua. "É uma peça dinâmica e versátil. Pode ser usada de várias formas e retirada quando necessário", afirma.

Marcos Esteves é fã do biombo e já teve três em casa:
Marcos Esteves é fã do biombo e já teve três em casa: "É uma peça dinâmica e versátil. Pode ser usada de várias formas e retirada quando necessário" (foto: Cláudio Cunha/Encontro)
O formato na decoração de Marcos foi compartilhado com o arquiteto Bruno Vianna, que lembra que o biombo pode ser usado ainda como pano de fundo para paredes, como se fosse quadro. "É uma escultura", diz. E serve como organizador dos espaços, de forma leve, descontraída e sutil. "É uma sanfona que pode ser levada para vários locais da casa", afirma. Um desses biombos sanfonados, preto e de madeira foi a solução encontrada pela aposentada Suzana Rosenthal Rocha para tapar a entrada do corredor dos quartos, de forma a não pesar o ambiente. "Foi uma divisão com leveza e ajudou na decoração", afirma. Além de dividir o espaço, diz, pode ser retirado quando for mais adequado. A responsável pelo projeto, a arquiteta Ângela Roldão, é suspeita para falar, já que tem um biombo de oito folhas chinês do século XVIII em destaque no seu próprio apartamento. "É uma obra de arte. Serve para dividir, enfeitar e fazer certo mistério", diz Ângela. Ela destaca ainda o papel da peça como quadro de parede, com possibilidade de diminuir e aumentar de tamanho. "É um clássico. Dá elegância a qualquer ambiente."

Na loja de roupas femininas Via Lusso, o biombo foi colocado pelo arquiteto Willemberg Lobato para fazer o fundo da vitrine e proporcionar visão parcial da loja do lado de fora. A estrutura é de madeira com fechamento em palha e detalhes em aço cromado dourado. A peça foi ao encontro do mobiliário vintage do lugar, dos anos 1950. "Também serviu para que tivesse controle das pessoas que entram na loja, de forma discreta", afirma Willemberg. "Quem olha a vitrine acaba tendo curiosidade de  entrar na loja", completa o proprietário da Via Lusso, Edgard Moreira Júnior.

O arquiteto Willemberg Lobato e o proprietário da loja de roupas femininas Via Lusso, Edgard Moreira Júnior: biombo para fazer o fundo da vitrine e proporcionar visão parcial do lado de fora(foto: Ronaldo Dolabella/Encontro)
O arquiteto Willemberg Lobato e o proprietário da loja de roupas femininas Via Lusso, Edgard Moreira Júnior: biombo para fazer o fundo da vitrine e proporcionar visão parcial do lado de fora (foto: Ronaldo Dolabella/Encontro)
Na reforma que fez em seu apartamento, a empresária Angela Maria Pereira Belém queria uma solução para dividir a parte da sala do corredor, onde estão os quartos. "Eu não tinha a intenção de fazer uma parede, mas criar uma forma de integração, permitindo a privacidade da parte mais íntima", diz. A ideia da arquiteta Graziella Nicolai foi usar um biombo do chão ao teto. "Ficou perfeito e chique, como se fosse um adorno. Embelezou o espaço e resolveu o meu problema", afirma Angela.

Na avaliação de Graziella, o biombo ajuda a dar uma "camuflada" no ambiente que está atrás. "E é possível aproveitar a parte estética, pois ele está disponível em cores, tamanhos e formatos diversos", diz. O elemento, que tem força visual na decoração de hoje, era usado nas casas do passado para criar um quarto de vestir, para dar maior privacidade na hora de trocar as roupas. Quem não se lembra de ver nos filmes camisolas sendo dependuradas em biombos, que atualmente estão em salas de estar de forma útil e decorativa em grandes projetos de arquitetura?

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