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Estado de Minas CURIOSIDADE

Saiba quem foi São Longuinho, o das 'coisas perdidas'

Apesar de não ter comprovação histórica, o santo é associado ao soldado romano que perfurou Jesus Cristo com a lança


postado em 15/03/2017 17:37

Estátua de São Longuinho com sua famosa lança. Ela está exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano(foto: Jean-Pol Grandmont/Wikimedia/Reprodução)
Estátua de São Longuinho com sua famosa lança. Ela está exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano (foto: Jean-Pol Grandmont/Wikimedia/Reprodução)
É imediato. Se você perdeu um objeto em casa vai recorrer a São Longuinho para tentar encontrá-lo. Isso se você for um seguidor do catolicismo, claro. Mesmo se a sua religião é outra, provavelmente, você já ouviu alguém dizer o nome deste santo, que, para os católicos, é o "das coisas perdidas". Existe até um ritual famoso para invocar sua ajuda: "São Longuinho, São Longuinho, se eu achar [diga o nome do objeto perdido] darei três pulinhos".

O que pouca gente sabe, inclusive muitos católicos, é que São Longuinho também tem seu dia no calendário: 15 de março. Esta é a data reservada pelo Vaticano para celebrar as graças alcançadas por meio do santo. Outro ponto que costuma ser desconhecido por muitos é a origem do religioso. Afinal, quem é o homem que se tornou o santo "das coisas perdidas"?

História

De acordo com o site da Universidade de Notre Dame, na França, um soldado romano que estava ao pé da cruz, durante a morte de Jesus Cristo, é, provavelmente, o homem que se tornou São Longuinho. Ainda segundo o texto disponível na internet, nos evangelhos bíblicos não há registro do nome desse soldado. É provável que o nome "Longuinho" tenha origem no termo romano "longinus", que significa "lança". Isso porque o santo teria golpeado o coração de Jesus com a arma, na crucificação.

Apesar de, inicialmente, ter sido um vilão durante esse importante momento da saga bíblica, os evangelhos de Marcos e Mateus, de acordo com o site da universidade francesa, relatam que o soldado teria se convertido ao cristianismo após a crucificação, reconhecendo que Jesus era, de fato, o filho de Deus.

O texto da Notre Dame deixa claro que não existem provas sobre a história real que deu origem a São Longuinho, mas, de acordo com alguns registros históricos, o soldado teria se tornado monge e, após sua morte, teria sido considerado um homem especial, porque este muito próximo de Jesus no momento em que ele sucumbiu aos ferimentos da crucificação. São Longuinho teria tido até contato com o sangue e o suor que jorrou de Cristo após a perfuração com a lança, e os líquidos sagrados teriam curado um problema nos olhos do então soldado romano.

Santo "das coisas perdidas"

De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal carioca Extra, nesta quarta, dia 15 de março, a fama de São Longuinho em ajudar as pessoas a encontrar coisas perdidas começou mesmo antes de seu processo de canonização ser concluído. O tabloide relata que o processo durou cerca de mil anos, porque os documentos necessários para concluí-lo estariam perdidos. Certo momento, papa Silvestre II – que estava à frente da Igreja Católica entre os anos 950 e 1003 – pediu, em uma oração, a ajuda do próprio candidato a santo para encontrar os papéis. Curiosamente, o pedido teria sido atendido.

E a história dos três pulinhos?

Assim como não existem relatos históricos precisos sobre a origem de São Longuinho, também não há nada que nos dê a verdadeira história dos três pulinhos como forma de agradecimento ao santo. Uma reportagem, publicada em abril de 2011 pela revista de curiosidades Mundo Estranho, ouviu folcloristas que também não sabiam precisar de onde surgiu essa crença, mas eles atribuíram a atitude a uma forma de agradecer à Santíssima Trindade: Pai (Deus), Filho (Jesus) e Espírito Santo (espírito de Deus).

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