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Estado de Minas BEM-ESTAR

Saiba mais sobre a suplementação com ômega-3

Cuidado ao comprar o suplemento, pois existem produtos com baixo teor desse importante ácido graxo


postado em 02/05/2017 11:22

Como mostra a especialista, antes de comprar um suplemento de ômega-3, verifique se ele tem alta porcentagem desse ácido graxo, pois existem produtos com excesso de ômega-6(foto: Pexels)
Como mostra a especialista, antes de comprar um suplemento de ômega-3, verifique se ele tem alta porcentagem desse ácido graxo, pois existem produtos com excesso de ômega-6 (foto: Pexels)
Atualmente, é quase impossível encontrar alguém que não conheça a suplementação com ômega-3. Além de existirem inúmeros estudos científicos demonstrando os benefícios desse ácido graxo para a saúde, ele vem sendo cada vez mais recomendado por médicos e nutricionistas. Porém, como qualquer outro suplemento, é necessário tomar cuidado antes de coemçar a consumir o produto.

"Os ômega 3 são ácidos graxos polinsaturados essenciais, que nosso organismo necessita, mas não é capaz de produzir, devendo estar presentes na alimentação. Dentre os mais importantes estão o ômega-3, ou ácido docosahexaenóico [DHA], e o ácido eicosapentaenóico [EPA], encontrados nos peixes de águas profundas", esclarece a química Maria Inês Harris, consultora científica da Biobalance.

Ela fala sobre as formas de obtenção do ômega 3 na alimentação diária. "Na dieta ocidental, há diversas fontes de ácidos graxos essenciais, contudo, a proporção entre os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 não é a ideal, ingerindo-se uma grande quantidade de ômega-6. Essa proporção pode ser relativamente melhorada pela ingestão de grandes quantidades de peixes como salmão e atum, por exemplo, mas, para retomar o equilíbrio entre os dois tipos de ácido graxos, faz-se necessário o consumo de ômega-3 na forma de EPA e DHA", afirma a especialista. Ela lembra que essas duas formas não podem ser convertidas em ômega-6, como ocorre com o ácido linolênico, que é proveniente de óleos vegetais – como o azeite. "Não à toa, as cápsulas de ômega-3 estão entre os 10 suplementos mais consumidos no mundo", comenta Maria Inês Harris.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica o consumo mínimo de até 500 mg de EPA e DHA por dia. "Mas, essa quantidade varia, por exemplo, de acordo com o estado de saúde da pessoa. Para quem tem doenças coronarianas congênitas, por exemplo, recomenda-se no mínimo 1 gr de EPA e DHA diariamente, para evitar o surgimento de doenças cardiovasculares", afirma a especialista.

Antes de comprar um suplemento de ômega-3, a química diz que é preciso observar a pureza do suplemento, uma vez que as capsulas de óleo de peixe não concentrados apresentam em sua composição apenas uma pequena percentagem de EPA e DHA (entre 20 e 28%), sendo o restante composto de ômega-6 e ácidos graxos saturados, que prejudicam o efeito dos ômega-3.

Além de ajudar as pessoas que sofrem de problemas no coração, a suplementação com o ácido graxo proveniente dos peixes é indicado para gestantes. "No pré-natal, ele atua no bom desenvolvimento do sistema nervoso e imunológico do bebê. Durante a amamentação, o ômega-3 contribui para o desenvolvimento cerebral. Já na vida adulta, esse tipo de óleo essencial reduz os níveis de colesterol ruim e dos triglicerídeos. Na oftalmologia, o ômega-3 combate a síndrome do olho seco. Por sua capacidade anti-inflamatória, é útil nos cuidados da psoríase e dermatites e também como protetor no sistema nervoso central na terceira idade", explica Maria Inês Harris.

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