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Estado de Minas ASTRONOMIA

Cientistas descobrem planeta gigante que não deveria existir

O NGTS-1b é gasoso e seu tamanho é apenas duas vezes menor que a estrela na qual orbita


postado em 01/11/2017 16:12

O planeta gasoso NGTS-1b, recém descoberto, contraria as teorias da Física por não ser sólido e orbitar uma estrela que é apenas duas vezes maior que ele(foto: Mark Garlick/University of Warwick/Reprodução)
O planeta gasoso NGTS-1b, recém descoberto, contraria as teorias da Física por não ser sólido e orbitar uma estrela que é apenas duas vezes maior que ele (foto: Mark Garlick/University of Warwick/Reprodução)
O universo sempre nos proporciona surpresas. Desta vez, astrônomos do Observatório do Sudeste Europeu, que fica no deserto do Atacama, no Chile, descobriram um planeta gigante, cuja existência era considerada pouco possível. A informação foi divulgada pelo portal de notícias científicas EurekAlert e publicada no periódico científico Monthly Notices, da Sociedade Real de Astronomia, do Reino Unido.

O planeta gasoso gigante, chamado NGTS-1b, está localizado na pequena constelação de Columba, que fica a 600 anos-luz da Terra, e seu tamanho é quase o mesmo de Júpiter. O novo objeto astronômico pesa 20% menos que seu "irmão" do Sistema Solar e sua temperatura superficial atinge 530º C.

Curiosamente, o movimento de translação do NGTS-1b, ou seja, o equivalente ao período de ano, corresponde a 2,6 dias terrestres. A distância do novo planeta em relação à sua estrela equivale a 3% da distância entre o Sol e a Terra.

Segundo cálculo dos astrônomos, o planeta gasoso é apenas duas vezes menor que sua estrela. Com isso, ele se torna o maior planeta já conhecido no universo com esses parâmetros. "A descoberta do NGTS-1b foi uma grande surpresa para nós, pois não pensávamos que encontraríamos um planeta tão grande perto de uma estrela tão pequena. Isso põe em dúvida o que sabemos sobre a formação de planetas", comenta Daniel Bayliss, pesquisador da Universidade de Warwick, no Reino Unido, em entrevista para o EurekAlert.

A existência do NGTS-1b coloca em cheque as teorias que afirmam que estrelas relativamente pequenas seriam capazes apenas de formar astros sólidos à sua volta, e não gigantes planetas gasosos, por não terem material suficiente para isso.

(com Agência Sputnik)

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