
Em setembro deste ano, a imagem da famosa divindade do candomblé, da deusa das águas, foi retirada de seu posto na Lagoa da Pampulha para passar por uma restauração. O pedestal no qual está fixado o monumento também passou por reforma para que fosse corrigida a inclinação. Os serviços incluíram ainda a reestruturação do Portal da Memória e do largo existente em frente ao monumento, com a melhoria nas condições de fruição no local, além da instalação de uma nova iluminação monumental.
O monumento à Iemanjá se constitui de um elemento simbólico para os grupos sociais devotos das práticas religiosas de matriz africana. As imediações do monumento são palco de diversas celebrações e manifestações que tem nesse suporte material a representação dos conteúdos socioculturais próprios de suas práticas. As homenagens à Iemanjá ocorrem no Brasil há muito tempo.
A obra
A escultura de Iemanjá é um trabalho do artista José Synfronini de Freitas Castro. Ela foi inaugurada em 24 de abril de 1982. Inicialmente, a obra foi produzida em mármore sintético branco e ficava localizada na beira da Lagoa da Pampulha, em uma espécie de deck, que a circundava. Devido às constantes depredações, a obra passou por modificações ao longo dos anos.
Em 1988, a escultura foi substituída por uma feita em bronze, material mais resistente. Já em 2003, optou-se pela fixação da escultura no espelho d'água, distante cerca de 10 m da beira da lagoa. Em 2007, foi inaugurado o Portal da Memória, um monumento em homenagem às matrizes culturais africanas. Ele foi produzido pelo artista Jorge dos Anjos e foi projetado em aço. Desta maneira, tem-se a configuração atual da Praça de Iemanjá, importante ponto turístico e de celebração, patrimônio cultural de Belo Horizonte.
(com assessoria de comunicação da FMC)