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H. pylori: bactéria afetou a cantora Simaria e pode até causar câncer

Entenda como se dá a infecção por esse micro-organismo


postado em 08/08/2018 11:22 / atualizado em 08/08/2018 11:29

A cantora sertaneja Simaria, além de enfrentar a tuberculose, também precisou tratar uma infecção causada pela perigosa bactéria H. pylori(foto: Instagram/simaria/Reprodução e Pixabay)
A cantora sertaneja Simaria, além de enfrentar a tuberculose, também precisou tratar uma infecção causada pela perigosa bactéria H. pylori (foto: Instagram/simaria/Reprodução e Pixabay)
Depois de ficar quatro meses longe dos palcos, tratando a tuberculose ganglionar, um tipo mais raro da doença, que não afeta os pulmões, e sim, gânglios linfáticos, a cantora sertaneja Simaria, de 36 anos, que faz dupla com a irmã Simone, deve voltar a fazer shows. Em coletiva de imprensa realizada em São Paulo (SP), na terça, dia 7 de agosto, a artista revelou que, além do problema causado pelo bacilo de Koch, ela também sofreu com outras condições, incluindo a presença de uma bactéria perigosa que pode cuasar câncer de estômago.

"Além da tuberculose, eu me lasquei de tudo o que é jeito. H. pylori, anemia e joelhos machucados por conta do salto. Tive que fazer fisioterapia e estou fazendo fortalecimento na academia. E os dentes... Meu médico já tinha notado que eu não estava bem por causa de uma lentes antigas que eu tinha feito com um profissional que não era bom. Quando fui procurar um profissional de verdade, meus dentes estavam todos acabados", revala Simaria Mendes aos jornalistas.

Para quem não sabe, o micro-organismo citado pela cantora, a bactéria H. pylori, costuma viver fixado na superfície da mucosa do estômago. Mas, apesar de ser comum, normalmente é adquirido nos primeiros anos de vida e sua infecção persiste indefinidamente, até que seja tratada. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que mais de 50% da população mundial estão infectados pela H. pylori – a contaminação se dá por meio da falta de higiene, especialmente em locais sem saneamento básico. A maioria convive com a bactéria sem apresentar sintomas.

Porém, como mostra um artigo publicado no site do famoso oncologista Drauzio Varella, a presença da H. pylori é considerada fator associado ao desenvolvimento de três doenças gastrintestinais: úlceras gástricas e duodenais, que afetam entre 1% e 10% dos pacientes; câncer de estômago (atinge de 0,1% a 3%); e linfoma do tipo MALT, doença maligna que se instala em cerca de um paciente para cada 10 mil infectados.

Conforme o médico, o diagnóstico da infecção pode ser feito por meio da "pesquisa de anticorpos no sangue, da detecção de gás carbônico marcado com isótopos radioativos presente na expiração, da pesquisa de antígenos do H. pylori nas fezes ou por meio do exame endoscópio, que permite colher fragmentos da mucosa gástrica para análise microscópica".

O tratamento contra essa bactéria, que também afetou a cantora Simaria, segundo Drauzio Varella, exige uma combinação de três ou quatro medicamentos, que são administrados durante sete ou 14 dias, dependendo do caso. "Em geral, os índices de erradicação ultrapassam 90%", afirma o oncologista em seu site oficial.

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