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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Quase metade dos alunos da UFMG são pretos ou pardos

Isso segundo levantamento feito pela própria universidade


postado em 10/01/2019 17:40 / atualizado em 10/01/2019 17:28

(foto: Foca Lisboa/UFMG/Divulgação)
(foto: Foca Lisboa/UFMG/Divulgação)

De acordo com levantamento feito pela UFMG, 49,3% dos estudantes que ingressaram nos cursos de graduação no primeiro período letivo de 2018 se autodeclararam pretos ou pardos. O percentual, conforme a instituição, é quase o dobro do registrado em 2008 (26,75%), ano que antecedeu o início da aplicação das políticas de cotas. Os dados fazem parte de um relatório sobre o perfil dos estudantes matriculados na última década, elaborado pela Pró-reitoria de Graduação (Prograd) com base no preenchimento das vagas ofertadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

O trabalho também mostra que houve crescimento da entrada de alunos cuja renda familiar é de um a dois salários mínimos: em 2014, esses estudantes correspondiam a 11,4% do total; e em 2018, chegou a 18,2%. "Além disso, o estudo também indicou que um terço dos alunos da UFMG tem renda familiar de dois a cinco salários mínimos, compondo a categoria socioeconômica mais frequente", informa a universidade em texto publicado em seu site oficial.

"A UFMG está mais inclusiva, em razão de um trabalho articulado e consistente que tem o objetivo de contribuir para a transformação social e para a diminuição das desigualdades. Dessa forma, a universidade cumpre sua importante função pública e social, democratizando de forma sistemática o acesso ao ensino superior", comenta a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, citada na mesma matéria. Ela lembra que, de acordo com o censo de 2010, 53,5% das pessoas em Minas Gerais se declararam pretas ou pardas. No Brasil, o percentual foi de 50,7%.

Para a reitora, é fundamental que a universidade conheça o perfil do seu alunado para que possa compreender o impacto da democratização do acesso e refletir sobre as políticas que contemplem um corpo discente que se diversifica a cada nova entrada. Segundo ela, análises como a realizada pela equipe da Prograd contribuem para a definição e o acerto na proposição de políticas acadêmicas. "A finalidade desses levantamentos é oferecer subsídios para o planejamento e a sustentação de políticas de ingresso, de acolhimento e de permanência, baseadas, inclusive, nas demandas que a adesão ao Sisu tem apresentado à universidade", diz Sandra Almeida.

Gênero

Quanto à presença feminina na UFMG, o levantamento mostra que, na distribuição por áreas, entre os ingressantes do primeiro período letivo de 2018, as engenharias e as ciências exatas apresentaram os maiores percentuais de estudantes do sexo masculino, com 73,4% e 66,5%, respectivamente. As áreas que registraram os maiores percentuais de estudantes do gênero feminino foram humanas (61,1%), biológicas (60,2%) e de saúde (59,6%). Para as demais áreas, o percentual de estudantes do gênero feminino foi de 48% em ciências sociais aplicadas; 54,4% em linguística, letras e artes; e 55,4% em ciências agrárias.

(com portal da UFMG)

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