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Estado de Minas NOVIDADE

Células-tronco podem ajudar a tratar isquemia cerebral

Teste em animais demonstrou benefícios em casos de AVC


postado em 07/02/2019 16:40 / atualizado em 07/02/2019 16:49

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Células-tronco foram capazes de reduzir as lesões provocadas pela isquemia no cérebro de camundongos. Extraídas da medula óssea das cobaias, as células-tronco mesenquimais – que originam tecidos – poderão ajudar na recuperação de vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, quando uma veia do cérebro é bloqueada (trombo) e os neurônios da parte que deixa de ser irrigada morrem. A isquemia pode causar sequelas graves, como perda de movimentos, e mesmo levar à morte.

Atualmente, há dois procedimentos possíveis para os pacientes que sofrem um AVC isquêmico: terapia de recanalização intravascular (trombólise), em que é aplicado um medicamento que desfaz o trombo; a outra opção é um cateterismo para desobstruir mecanicamente o vaso, para o sangue então voltar a circular.

No entanto, as terapias só têm eficácia se aplicadas em até quatro horas e meia após o AVC. Depois disso, a morte celular é irreversível. A nova técnica surge como uma possibilidade de tratamento mesmo depois desse intervalo.

O uso de células-tronco para tratar isquemia cerebral faz parte de um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicado na revista científica Nanomedicine: Nanotechnology, Biology, and Medicine.

Não é a primeira vez que cientistas tentam usar células-tronco para recuperar uma área danificada do cérebro de camundongos ou ratos. Nos ensaios anteriores, porém, quando implantadas diretamente na lesão, quase nenhuma célula sobreviveu. As que sobreviveram migraram para outras regiões do cérebro. Quando injetadas na corrente sanguínea, ficaram retidas nos rins ou nos pulmões das cobaias.

Desta vez, graças ao uso de um material biocompatível, a sobrevivência das células-tronco foi maior e elas permaneceram na área da lesão, diminuindo a inflamação. Depois de alguns meses, com a área em grande parte recuperada, o material é totalmente absorvido pelo corpo.

(com Agência Fapesp)

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