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Estado de Minas BEM-ESTAR

Kefir também ajuda a combater a pressão alta

Bebida probiótica faz bem para o intestino e para o cérebro


postado em 27/04/2018 14:43 / atualizado em 27/04/2018 14:59

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Conhece o kefir? Esta bebida probiótica é uma espécie de leite fermentado, muito comum no Leste Europeu, e é rica em bactérias benéficas, especialmente a Lactobacillus caucasus, a Lactobacillus kefiri e a Leuconostoc. Além de ajudar no funcionamento adequado do intestino, o kefir também pode reduzir a pressão arterial, segundo um novo estudo.

Cientistas alimentaram cobaias com essa bebida fermentada durante nove meses. Os ratos apresentaram menores níveis de endotoxinas – substâncias tóxicas associadas à ruptura das células –, menor pressão arterial e melhor permeabilidade (hidratação) intestinal quando comparados aos animais que não receberam o probiótico.

Além disso, a suplementação de kefir restaurou o equilíbrio natural de quatro bactérias diferentes no intestino e de uma enzima no cérebro essencial para o funcionamento normal do sistema nervoso, sugerindo que a capacidade neural e o sistema digestivo trabalham juntos para reduzir a hipertensão.

"Nossos dados sugerem que os mecanismos anti-hipertensivos associados ao kefir envolvem a comunicação da microbiota intestinal com o cérebro durante a hipertensão", comenta a pesquisadora Mirian Silva-Cutini, da Universidade de Auburn, no Alabama, Estados Unidos, uma das principais autoras do estudo durante a apresentação do trabalho.

Os resultados da pesquisa foram divulgados na reunião anual da Sociedade Fisiológica Americana, que aconteceu na conferência Biologia Experimental 2018, em abril, na cidade de San Diego, na Califórnia (EUA).

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que um desequilíbrio na colônia de bactérias (microbiota) do intestino pode causar pressão alta em algumas pessoas. Da mesma forma, os probióticos – suplementos de bactérias vivas que são benéficos para o sistema digestivo – seriam capazes de reduzir a hipertensão, mas os mecanismos pelos quais isso ocorre, até então, não estavam claros.

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