Publicidade

Estado de Minas BEM-ESTAR

Alimentos ricos em nitrato ajudam os músculos

Eles previnem os efeitos da sarcopenia, típica da velhice


postado em 26/03/2019 11:40 / atualizado em 26/03/2019 12:00

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Já ouviu falar na sarcopenia? Esta condição natural do organismo, que surge a partir dos 30 anos, faz com que percamos de 3% a 5% da massa muscular a cada 10 anos, e, a partir dos 50 anos de idade, o declínio chega a mais de 15% por década. Com isso, ficamos mais fracos conforme envelhecemos e mais propensos a quedas e fraturas. Além da prática regular de exercícios, outra forma de prevenir os efeitos da perda de massa muscular é por meio dos alimentos. Cientistas descobriram que o consumo de vegetais ricos em nitrato, como rabanete, rúcula, beterraba e aipo, é bom para a saúde do sistema cardiovascular, reduzindo o risco de derrame em 40%. Isso ocorre porque o nitrato se divide em compostos que ajudam a regular a pressão arterial.

Esse nutriente também atua como vasodilatador, levando mais sangue e oxigênio para os músculos, o que o torna um excelente suplemento para atletas e pessoas que sofrem coma  sarcopenia.

Quem confirma a função protetora desses alimentos é o pesquisador Marc Sim, da Universidade Edith Cowan, da Austrália, que fez um estudo sobre a relação entre uma dieta rica em nitrato e a manutenção da força muscular no envelhecimento.

De acordo com matéria publicada pelo jornal australiano The Sydney Morning Herald, ao longo de um ano, o pesquisador, juntamente com sua equipe, acompanharam as dietas de 1.420 mulheres com idade superior a 70 anos e mediram a força muscular e a função física de cada uma delas.

"As mulheres com a maior ingestão de nitratos estavam consumindo uma xícara de vegetais verdes folhosos por dia. Elas tiveram um aumento de dois quilos na força de pressão das mãos, o que é bastante significativo", comenta Marc Sim, citado pelo periódico.

Essas volunetárias também realziaram teste de função física em média 1,6 segundo mais rápido do que as que comiam pouca ou nenhuma verdura.

Os cientistas lembram que mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas e determinar o mecanismo que leva ao efeito protetor do nitrato.

De qualquer forma, o pesquisador australiano supõe que, assim como favorece o maior fluxo sanguíneo para os músculos, aumentando a capacidade muscular, o nitrato pode afetar o modo como os músculos manipulam o cálcio, o que é importante para a contração muscular.

"Outra possibilidade é que o nitrato modifique a forma como o corpo processa energia. Essencialmente, as mitocôndrias [centrais de energia das células] podem se tornar mais eficientes", diz Sim ao The Sydney Morning Herald. Ele faz questão de salientar que há uma diferença entre massa muscular, que é suportada pelo consumo de proteína, e a função muscular.

"Massa e função são duas coisas separadas. Ter mais massa ou menos não necessariamente prediz o quão bem elas funcionam. Em nosso estudo, a ingestão de proteínas não foi um fator significativo para a função ou força muscular. A ingestão de proteínas não influencia necessariamente a função, a menos que você também esteja ativo fisicamente", esclarece Marc Sim.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade