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Estado de Minas BEM-ESTAR

Menus das redes de fast-food ficam 'piores' a cada ano

Estudo aponta aumento das porções, das calorias e da quantidade de gordura


postado em 07/03/2019 09:56 / atualizado em 08/03/2019 15:32

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Médicos e cientistas estão sempre alertando para os perigos do consumo deliberado de fast-food, pois este tipo de comida industrializada possui alto teor de açúcares e gorduras, além de baixo valor nutritivo, podendo causar problemas de saúde crônicos, incluindo diabetes e hipertensão. Para piorar, um estudo recente, realizado pelas universidades Tufts e de Boston, dos Estados Unidos, concluiu que o fast-food está ficando pior com o passar do tempo – os pesquisadores levaram em consideração os últimos 30 anos.

A pesquisa, publicada no jornal científico da Academia de Nutrição e Diabetes dos EUA, analisou as refeições disponíveis nas 10 maiores redes americanas de fast-food, incluindo as gigantes McDonald's, Burger King e KFC.

Em um comunicado divulgado pelo site americano EcoWatch, a pesquisadora Megan McCrory, uma das autoras do estudo, afirma que as conclusões servem de alerta para a população. "Nosso estudo oferece compreensões sobre como o fast-food pode estar contribuindo para agravar o problema da obesidade e de doenças cronicas nos Estados Unidos. Descobrimos que o tamanho das porções e o teor de sódio contido nesse tipo de alimento etão aumentando com o tempo", comenta a cientista.

O estudo concluiu ainda que o número de itens presentes nos menus aumentou 226% nos últimos 30 anos. Além disso, os pesquisadores descobriram que a cada 10 anos, as porções dos pratos principais ganharam 13 g de gordura e 30 calorias, em média. Os dados também mostram que a porcentagem de sódio subiu 4,6% nos lanches principais.

Entretanto, a pesquisa reconhece que o fast-food é fundamental nos Estados Unidos, uma vez que representa 11% do consumo alimentício diário da população do país.

Os cientistas responsáveis pelo estudo esperam que os dados incentivem os estabelecimentos dessa categoria a produzir comida mais saudável. "A exigência de que os restaurantes exibam a quantidade de calorias em seus cardápios é um começo. Porém, gostaríamos de ver mais mudanças, como porções menores", afirma Megan McCrory no comunicado divulgado pelo EcoWatch.

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