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Estado de Minas BEM-ESTAR

Comer alga faz bem para a saúde, diz especialista

Planta aquática é rica em nutrientes e combate até o hipotireoidismo


postado em 16/04/2019 11:44 / atualizado em 16/04/2019 12:02

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Presente há milhares de anos na culinária asiática – em especial nos pratos japoneses –, a alga é um alimento muito nutritivo e vem sendo cada vez mais consumido pelos ocidentais. Esse tipo de planta habita mares, rios e lagos e não possui raiz, nem gera flor ou fruto. Contudo, a luz filtrada pela água as enriquecem de clorofila. Atualmente existem mais de 25 mil espécies de algas conhecidas. Elas variam de acordo com a tonalidade: clorofíceas (verdes), feofíceas (castanhas), rodofíceas (vermelhas) e cianofíceas (azuis).

As algas podem também ter diferentes tamanhos, como a microalga, que equivale a um glóbulo vermelho, e até espécies que chegam a 60 m de extensão.

De qualquer forma, segundo o clínico geral português do Pedro Lôbo do Vale, em artigo publicado no portal Sapo, ponto de vista nutricional, as algas constituem um alimento completo que pode ajudar a combater as carências alimentares.

"As algas apresentam um elevado teor proteíco e algumas espécies como a espirulina contêm cerca de 70% de proteínas. São ricas em aminoácidos essenciais e muito bem digeridas devido à presença de sais minerais e algumas enzimas. Esses vegetais apresentam um nível baixo de carboidrato e de açúcar", esclarece o especialista.

O médico salienta que estudos já comprovaram que os polissacarídeos (carboidratos mais complexos como a celulose) presentes nas algas ajudam a reduzir os danos causados pelos metais pesados, especialmente a toxicidade.

"O teor de gordura é muito reduzido, fazendo das algas um alimento pouco calórico. Por esta razão, são amplamente utilizadas em dietas. As algas ainda são ricas em vitaminas, como a C, a E, as do complexo B e a betacaroteno, além de minerais e oliogoelementos, como iodo, zinco, cálcio, ferro, sódio, magnésio, silício, cobalto, crômio e manganês", afirma Pedro do vale no artigo publicado no início de abril.

Ele lembra que o teor de iodo das algas também é importante, pois ajuda a equilibrar a disfunção da tireoide em pacientes com hipotiroidismo (produzem pouco hormônio tireoidiano), contribuindo para evitar o crescimento irregular da glândula (bócio). "Porém, em casos de hipertiroidismo, o conselho do médico é essencial quanto à ingestão de produtos à base de algas, pois pode haver um agravamento da situação", alerta o especialista português.

Abaixo, o médico destaca algumas propriedades benéficas de três tipos da planta:

Clorela (Chlorella pyrenoidosa)
É uma microalga verde, unicelular, de água doce, cujo nome se deve à abundância de clorofila. "Rica em nutrientes e ácidos nucleicos [DNA e RNA], apresenta propriedades desintoxicantes e estimulantes do sistema imunológico, sobretudo como anti-viral", diz o clínico geral. É ótima também para o desenvolvimento das crianças, sobretudo quando há necessidade de enriquecimento nutricional e para as grávidas e mulheres que estejam amamentando.

Espirulina (Spirulina maxima)
É uma microalga de cor azulada, rica em clorofila e outros nutrientes. "É um bom complemento alimentar para vegetarianos e praticantes de esportes. Ajuda a combater o cansaço físico e mental e reforça o sistema imunológico". Ela também ajuda a combater o mau hálito por ser rica em clorofila.

Bodelha (Fucus vesiculosus)
Trata-se de uma alga castanha, rica em iodo. Portanto, como mostra Pedro do Vale, a bodelha ajuda a tratar o hipotireoidismo.

Todas estas algas são utilizadas como coadjuvantes em dietas. O especialista lembra que os adeptos da alimentação macrobiótica incluem as algas na alimentação, tal como o fazem a maior parte dos países asiáticos, podendo ser cozidas com os restantes vegetais. As mais usadas na culinária são: kombu, wakamé, nori (presente em sushis e temakis) e hiziki.

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