Estado de Minas EGITO

Pesquisador 'decifra' feitiço milenar

A magia conta de um pergaminho de 1,3 mil anos


postado em 27/09/2018 13:44 / atualizado em 27/09/2018 14:09

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O "misterioso" pergaminho egípcio de 1,3 mil anos representa um feitiço de amor, segundo pesquisa feita na Suíça (foto: Effy Alexakis/Macquarie University/Divulgação)

Após milhares de anos de "mistério", finalmente arqueólgos conseguiram decifrar uma espécie de feitiço ou magia do amor contida num papiro egípcio. Ele traz a representação de duas criaturas parecidas com pássaros qyue estão conectadas por algo que parece ser um falo (representação do órgão sexual masculino).

"A característica mais marcante do papiro é justamente a imagem", comenta o pesquisador Korshi Dosoo, professor da Universidade de Estrasburgo, na França, em entrevista para o portal LiveScience. O cientista foi responsável pelo estudo do papiro, e que foi publicado no periódico científico Journal of Coptic Studies.

A estimativa é que o antigo feitiço egípcio tenha sido criado há 1,3 mil anos. Ele remonta ao período cristão da história do Egito, e retrata duas "aves do amor" que estão envolvidas num par de braços humanos estendidos e estão cercadas pelo feitiço escrito em copta – antiga língua dos primeiros cristãos egípcios.

"Do ponto de vista de um observador, poderíamos dizer que a imagem pode ter melhorado a performance do feitiço", afirma Dosoo.

Além disso, o pesquisador relata que as pequenas diferenças encontradas nos animais indicam que eles são de sexos opostos: o macho estaria à esquerda e a fêmea à direita. Ele também acredita que a "magia" poderia ter sido usada em casos de amor não correspondidos.

"Textos literários cristãos do Egito, que mencionam feitiços de amor, frequentemente implicam que o problema não é a mulher não amar o homem, mas sim, o fato de ele não ter acesso a ela, porque é solteira e jovem, protegida e isolada pela família, ou porque já é casada com alguém", esclarece o pesquisador ao Live Science.

O "misterioso" pergaminho, além de ser composto por poucos fragmentos, não possui nenhum registro relacionado à sua origem e, atualmente, está guardado na Universidade de Macquarie, na Austrália.

(com Agência Sputnik)

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