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Estado de Minas PESQUISA

Cientistas encontram bactéria capaz de digerir lixo nuclear

Micro-organismo pode ajudar a evitar esse tipo de poluição perigosa


postado em 08/10/2018 17:40 / atualizado em 09/10/2018 09:07

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Uma bactéria descoberta num armazém de resíduos nucleares na Sibéria, no leste da Rússia, está chamando a atenção por ser uma promissora opção futura para acabar com o lixo radioativo. A informação foi divulgada pela agência russa de notícias Sputnik.

Pesquisadores russos do Instituto Moscovita Físico-Químico Frumkin e do Centro Federal de Pesquisas de Biotecnologia da Academia de Ciências conseguiram isolar o micro-organismo que pode ser útil para proteger o meio-ambiente de resíduos nucleares líquidos.

A descoberta se deu durante análises microbiológicas das águas subterrâneas de um local da cidade siberiana de Seversk, onde estão armazenados resíduos nucleares líquidos da Usina Química Siberiana – ela fornece e reprocessa urânio enriquecido para ser usado como combustível atômico.

A pesquisa, publicada na edição mais recente da revista científica Radioaktivnye Otkhody (Resíduos Radioativos), mostra que a bactéria é capaz de converter íons radionuclídeos, inclusive os de urânio e plutônio, em formas sedentárias, prevenindo a disseminação de radiação perigosa no ambiente.

Segundo os pesquisadores russos, esse é o primeiro passo para criação de uma barreira biogeoquímica de radionuclídeos e que, futuramente, poderá ser usada em aterros de resíduos nucleares na forma líquida.

Para quem não sabe os compostos radioativos podem durar milhões ou até bilhões de anos para se decomporem na natureza.

(com Agência Sputnik)

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