Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Indiano é internado com vício em Netflix

Ele assistia sete horas de conteúdo todos os dias


postado em 08/10/2018 16:40 / atualizado em 08/10/2018 16:41

(foto: Netflix/Divulgação)
(foto: Netflix/Divulgação)

Você é daquelas pessoas que gastam horas assistindo aos conteúdos do serviço de streaming Netflix? Pois saiba que esse hábito até então considerado normal pode se tornar um problema de saúde. Isso é o que revela a clínica Serviços para Uso Saudável da Tecnologia (SHUT, na sigla em inglês), localizada na cidade de Bangalore, na Índia, e que é especializada no tratamento de pessoas viciadas em tecnologia. A SHUT recebeu um paciente de 26 anos que estava viciado na famosa plataforma de exibição de filmes e séries. A informação foi divulgada pelo jornal indiano The Hindu.

O homem foi internado a pedido do Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências da Índia, que considerou doentia a rotina do indiano que consumia uma média de sete horas diárias de Netflix. Esse hábito foi classificado como vício porque o paciente apresentou fadiga, tensão na região ocular e ciclos de sonos desregularizados. "Quando a família o pressionava para arrumar emprego ou quando ele via os amigos progredindo na vida, acabava assistindo programas de forma contínua", diz a médica Manoj Kumar Sharma, do SHUT, em entrevista ao The Hindu. "Era uma forma de fugir da realidade. Ele queria esquecer os problemas e a atividade lhe proporcionava um prazer imenso", completa a especialista.

A dependência do homem era tão grande segundo a clínica, que a primeira coisa que ele fazia diariamente ao acordar era ligar a televisão e acessar o aplicativo do serviço de streaming.

O jornal indiano alerta que esse paciente representa um problema em potencial no país, já que grande parte dos alunos do ensino fundamental também estariam apresentando o vício na programação do Netflix.

Uma das formas de evitar a progressão do problema, segundo Sharma revela ao The Hindu, é evitar o serviço de streaming ou outras plataformas de vídeos que sirvam como "válvula de escape" para os problemas. "O melhor conselho é evitar o uso da tecnologia se ela está se tornando um mecanismo de enfrentamento das 'ameaças' do cotidiano", afirma a especialista ao jornal indiano.

Em relação ao paciente internado na clínica SHUT, ele deve receber terapia, exercícios de relaxamento e uma extensa orientação vocacional para organizar a vida e se afastar do Netflix.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade